Atos dos Apóstolos(2,1-4) "Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de língua de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem".
Esta unção santa, se deu com os discípulos de Jesus lá no cenáculo, ou seja, uma casa onde eles se trancaviáram, após o martírio atroz e cruxificção do Seu Senhor. E é evidente, que se escondiam do populacho e dos soldados romanos, receiosos de também receberem castigo semelhante, nos mostrando assim, como é frágil e covarde nossa natureza humana, e mais ainda, que nada podemos ou faremos, sem o auxílio da graça de Deus, que nos vem através do sopro impetuoso do Espírito Santo que sopra onde quer.
Somente depois que seus corações foram abrasados, pelo fogo do Espírito Santo, dando-lhes a clareza da fé e o dicernimento da Palavra do Mestre Jesus, os discípulos então, iniciaram sua missão de anunciar aos confins da terra a boa nova, que se observada e cumprida nos garante os céus aqui mesmo nesta terra.
É interessante nos fixar num detalhe curioso: "A primeira atitude dos discípulos, ao receberem o Espírito Santo prometido por Cristo, foi abrir portas e janelas e sair falando em línguas que não conheciam". E o medo, onde estava?, fora embora juntamente com todas as dúvidas e receios, agora eram homens de fé e entendiam perfeitamente tudo que Jesus havia feito.
Diante da alegria deles que contagiava a muitos, outros porém, julgavam que estavam embriagados de vinho doce e não estavam errados em seus julgamentos, porque é doce e inebriante, sentir a presença do Espírito Santo de Deus em nós, nos agigantamos por dentro e nos transportamos para os céus; é momento de graça, e essa graça santificante, não cabe em nós,se faz necessário contagiar a todos que estão ao nosso lado: Ela nos impulsiona e de uma certa forma,somos forçados por amor a falar de Deus e revelar Suas inspirações.
Pedro fica de pé e com voz forte, convicto de sua fé e do seu seguimento ao Mestre Jesus, relembra ao povo as palavras do profeta Joel:"Acontecerá nos últimos dias - é Deus quem fala -, que derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão. Sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei naqueles dias do meu Espírito e profetizarão. Farei aparecer prodígios em cima, no céu, e milagres embaixo, na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. E, então, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo(Jl 3,1-5)". E assegura, que o profeta Joel, falava do Cristo, a quem tinham cruxificado, mas que Deus o havia ressuscitado dos mortos, porque a morte não podia detÊ-lo.
Certamente,que naquele momento,Filipe lembrou-se também, do que Jesus lhe havia dito, quando o questionou a respeito de como se lembrariam de tudo o quanto Ele havia ensinado e o Senhor disse:"No momento certo, enviarei o auxílio do alto, o Paráclito que vos revelará toda a verdade".
O Espírito Santo é o nosso Deus consolador, educador que nos capacita para as boas obras, doador dos sete dons e sem Ele, nada poderemos fazer de bom nesta vida e nem, conseguiremos seguir os passos do nosso Mestre e Senhor Jesus.
Tenho plena certeza de que, o mal do nosso tempo, ou seja,a perdição dos homens, é se julgarem senhores de si mesmos e atribuírem seu feitos às suas próprias capacidades, alimentando cada vez mais o seu maior inimigo, que é seu EGO. E porque digo maior inimigo?, é porque nosso ego, nos distancia de Deus e não nos deixa ser dependentes do Senhor da nossa vida, visto que, nossa natureza é oriunda do pecado, que é a desobediência a Deus, cometida pelos nossos primeiros pais. Então, para que continuar errando?, temos que nos conscientizar de que, o mérito e a glória, de nossas boas obras, é de Deus que nos auxilia com Sua graça, através do Espírito Santo, que estará conosco até a consumação dos tempos.
E vejam, Jesus nos diz através do evangelista Mateus(12,31-32):"Por isso, eu vos digo: todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada. Todo o que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste século nem no século vindouro".E em João, nos conscientiza a respeito do que fará, o Espírito Santo em nós:"Ele convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo. Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim. Ele o convencerá a respeito da justiça, porque Eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis; Ele o convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, Ele vos ensinará toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e vos anunciará as coisas que virão".
E a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos, no dia de pentecostes, vos revelou toda a verdade que sai da boca de Deus e eles então compreenderam, o chamado de Jesus a cada um deles. E é interessante frizar, que eles todos andaram com Jesus, conviveram com Ele, presenciaram os Seus milagres, viram Sua transfiguração e Sua ascensão aos céus, e no entanto, não eram capazes por si mesmos, de dar continuidade à missão salvífica de Cristo. Eles necessitavam do auxílio do alto, prometido pelo Messias, que os capacitariam para a obra do Reino de Deus. E se com os discípulos de Jesus, que o viram e o tocaram e comeram com Ele, foi assim, imaginemos conosco, que temos que crer sem nunca ter visto, aí sim, é que precissamos ser amparados pela força do Espírito Santo,para que possamos professar a nossa fé e perseverarmos no caminho do Senhor, sem malucar a terceira pessoa da Trindade Santa, que quando solicitado, vem a nós como uma brisa leve e suave, a murmurar em nossos ouvidos, a sabedoria que impulsionará o nosso discipulado.
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