domingo, 19 de fevereiro de 2012

O Apóstolo renunciou a seus direitos.


Mas não tenho usado de nenhum desses direitos; e nem escrevo isto para reclamá-los. Preferiria morrer a...Mas  ninguém me tirará este título de glória. Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!Se o fizesse de minha iniciativa, mereceria recompensa. Se o faço independentemente de minha vontade, é uma missão que me foi imposta. Então, em que consiste a minha recompensa? Em que, na pregação do Evangelho, o anuncio gratuitamente, sem usar do direito que essa pregação me confere.
Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, eu me fiz servo de todos para ganhar o maior número possível. Para os judeus fiz-me judeu, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da Lei, fiz-me como se eu estivesse debaixo da Lei, embora o não  esteja, a fim de ganhar aqueles que estão debaixo da Lei. Para os que não têm Lei, fiz-me como se eu não tivesse Lei, ainda que eu não esteja isento da Lei de Deus - porquanto estou sob a Lei de Cristo -, a fim de ganhar os que não têm Lei. Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos. E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante.
Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prêmio. Correi, pois, de tal maneira que o consigais. Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e o fazem para alcançar uma coroa incorruptível. Assim, eu corro, mas não sem rumo certo. Dou golpes, mas não o ar. Ao contrário, castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de ter pregado aos outros.(1Cor 9, 15-27)
O apóstolo Paulo, nos faz aqui uma exortação belíssima, do que vem a ser um verdadeiro anunciador, da  boa nova do Senhor Jesus;e como ele mesmo diz:"Ninguém me tirará este título de glória". E isso nos leva a compreender que, todos que se fazem anunciadores da Palavra salvífica de Cristo, recebem como prêmio, a glória no céu, que só é vislumbrada por aqueles, que já receberam Jesus em seus corações, como único Senhor e Salvador e que, por Ele e para Ele, mortificam suas próprias vontades e aceitam livremente, a missão de evangelizar o mundo.
Paulo nos admoesta com uma grande verdade, exemplificando a si mesmo, quando nos diz:"Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!"; certamente,que como conhecedor das Escrituras Sagradas e por ter tido, seu encontro pessoal com Jesus Cristo no caminho de Damasco, não poderia mais calar sua voz e o seu "EU", já não lhe pertencia mais, porque no interior de seu coração, só podia ouvir e atender, a voz de seu Mestre, que dizia: Vai e anuncia-Me.
Então Paulo, completamente convertido e entregue à vontade do Mestre do amor; e como ele mesmo declara-se livre da sujeição de qualquer pessoa, se faz servo de todos, para ganhar o maior número possível, de almas para Deus.
É muito interessante, a postura do Apóstolo Paulo, quando exercita a missão que lhe é imposta,a de anunciar o Evangelho. Ele se faz fraco com os fracos, forte com os fortes, judeu com os judeus, sem Lei com os que vivem sem Lei, se faz debaixo da Lei com os que estão debaixo da Lei, e como ele mesmo atesta:"Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos", e ressalta de forma eloquente:"E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante". Mas certamente que, quando o Apóstolo diz que, se fez tudo para todos,isso não implica dizer por exemplo, que ele tenha virado um fora da Lei, ou seja, que ele ao anunciar o Evangelho a um ladrão, tenha também praticado um roubo; não, ele usou a sabedoria e a linguagem adequada a cada um dos irmãos, que encontrava no caminho, e assim, ganhou muitos para o Reino de Deus e até hoje continua ganhando,pois mesmo, sem ouvirmos sua encantadora voz, somos seduzidos pela eloquência de suas palavras. 
Paulo também, para que possamos entender melhor, a postura do verdadeiro seguidor de Cristo e anunciador do Seu Evangelho, nos faz uma comparação com os atletas que correm num estádio, na busca por uma coroa corruptível e que para essa conquista, impõem a seus corpos muitas privações. Ele, então declara, que corre, mas não sem rumo certo, já que sua direção é Cristo  e que, castiga seu corpo sim, mas mantendo-o em servidão aos irmãos, para de Cristo, receber uma coroa incorruptível.  


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Sabedoria do mundo e loucura da cruz.


Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o Evangelho; e isso sem recorrer à habilidade da arte oratória, para que não se desvirtue a cruz de Cristo.
A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. Está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e anularei a prudência dos prudentes(Is 29,14). Onde está o sábio? Onde o erudito? Onde o argumentador deste mundo? Acaso não declarou Deus por loucura a sabedoria deste mundo? Já que o mundo, com sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura de sua mensagem. Os judeus pedem milagres, os gregos reclamam a sabedoria; mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas, para os eleitos - quer judeus quer gregos -, força de Deus e sabedoria de Deus. Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
Vede, irmãos, o vosso grupo de eleitos: não há entre vós muitos sábios, humanamente falando, nem muitos poderosos, nem muitos nobres. O que é estulto no mundo, Deus o escolheu para confundir os sábios; e o que é fraco ao mundo, Deus o escolheu para confundir os fortes; o que é vil e desprezível no mundo, Deus o escolheu, como também aquelas coisas que nada são, para destruir as que são. Assim, nenhuma criatura se vangloriará diante de Deus. É por sua graça que estais em Jesus Cristo, que, da parte de Deus, se tornou para nós sabedoria, justiça santificação e redenção, para que, como está escrito: quem se gloria, glorie-se no Senhor(Jr 9,23).(1Cor 1,17-31).
"Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens". Vamos iniciar nossa meditação sobre as Palavras sábias do Apóstolo Paulo, com esta frase mencionada pelo mesmo. E como poderíamos entender, com a pequena dimensão de raciocínio, que nossa mente tem, para compreender o que é Divino?
Mas o Apóstolo Paulo, chega a nos forçar de certa forma, a compreendermos, não com nossa capacidade mental, mas com o auxílio da força do Divino Espírito Santo que;a loucura realizada por Cristo ao morrer numa cruz, ultrapassa toda sabedoria que os homens julgam ter e que, quando Ele,se fez fraco,diante do olhar humano, morrendo sem defesa alguma, diante de Seus algozes naquele madeiro, então, é que Ele se fez o mais forte de todos os homens, porque foi obediente ao Pai e realizou com fidelidade, a vontade daquele que O enviou ao mundo. Pois muitas das vezes, julgamos que, nos portar com amor em todas as circunstâncias, que a vida nos apresenta, especialmente, àquelas em que chegamos a ser constrangidos diante dos outros, caracteriza nossa fraqueza; porém, como o próprio Cristo nos ensinou na cruz, é justamente aí, que somos fortes e mais que vencedores, já que essa é a postura de verdadeiros cristãos que Deus quer de nós.
E Paulo, nos assegura, que a linguagem da cruz, só é loucura para os que se perderam, ou seja, para aqueles que vivem nas trevas do pecado, rejeitando a salvação obtida para todos, com o sacrifício de amor, realizado por Cristo na cruz. Mas, em compensação, garante, que para os que foram salvos, para nós que acreditamos, na salvação conquistada por Jesus naquela cruz, é de certo, uma força divina.
O Apóstolo, nos faz acreditar, que Deus, declarou como loucura sim, mas foi a sabedoria dos homens, porque estes,não reconheceram a Jesus Cristo, como o Deus salvador, que vinha da parte do Pai Eterno, para trazer a todos, judeus e gregos e toda a humanidade, a salvação anunciada pelos santos profetas. E é interessante notar que, ele faz questão, de evidenciar que, no grupo dos eleitos do Pai, não há entre eles, muitos sábios e nem muitos  nobres ou poderosos, humanamente falando; assegurando que, os estultos e os fracos, Deus escolhera para confundir, todos aqueles que se julgam, possuidores da sabedoria e senhores do mundo terreno. Visto que, a verdadeira sabedoria de Deus, só é revelada aos pobres e humildes de coração.
E o Apóstolo ainda ressalta, nos fazendo entender que,em tudo quanto formos realizar de bom nesta vida, devemos dar glórias a Deus, porque o mérito de nossas boas obras é somente Dele, que é o autor da vida. Pois quando queremos nos enaltecer, diante de tudo aquilo que fazemos de bom e edificante, não poderemos colher nenhum fruto de eternidade...




Falsos Profetas.


Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo. Nisto se reconhece o Espírito de Deus: todo espírito que proclama que Jesus Cristo se encarnou é de Deus; todo espírito que não proclama Jesus esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e já  está agora no mundo.
Vós, filhinhos, sois de Deus, e os vencestes, porque o que está em vós é maior do que aquele que está no mundo. Eles são do mundo. É por isso que falam segundo o mundo, e o mundo os ouve. Nós, porém, somos de Deus. Quem conhece a Deus ouve-nos: quem não é de Deus, não nos ouve. É nisso que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro(1Jo 4,1-6).
Amados de Deus, o que João nos faz em sua Primeira Epístola, é uma admoestação sábia, sobre os falsos profetas, que se levantam no meio de nós, a todo o instante. E se dizem donos da verdade; têm a pretensão de adivinhar o futuro; falam que Jesus Cristo é  apenas um espírito evoluído; e já têm o dia marcado para o final dos tempos.
João, no entanto, nos assegura, que somos de Deus e que temos em nós, o Espírito Santo a nos auxiliar, que é maior do que tudo que está no mundo. E se temos a nosso favor, este auxílio poderoso, cremos com toda convicção, que Jesus Cristo é o Deus encarnado; como ele mesmo afirma, no Prólogo do seu Evangelho:"E o verbo se fez carne e habitou entre nós". Então, não deve haver em nós, nenhuma dúvida, que possa nos levar a ser seduzidos e enganados, por falsos profetas.
Que nossa fé, nos dê sempre a certeza, de que Jesus Cristo é o Senhor de nossas vidas e que Suas Palavras, são Palavras de vida eterna; pois tudo o que Ele falou, se cumprirá...