sábado, 23 de abril de 2011

A maior dor de Jesus



No Getsêmani, onde Jesus retirou-se para orar junto com os Seus discípulos, sofreu uma angústia suprema, vendo-se sozinho e abandonado, pois Seus amigos estavam dormindo. Podemos dizer então, que Ele teve uma antivisão de todo o Seu martírio, onde todo O Seu ser ficou imensamente angustiado. Neste momento, mente e coração falam ao Pai, que se fosse possivel afastasse dEle o cálice de Sua paixão. mas ao mesmo tempo, Sua divindade vence Sua humanidade, e Ele afirma ao Pai que não seja feito o Seu querer, mas sim a vontade do Pai, pois foi para esta missão que Ele O enviou ao mundo, passar pela cruz para redimir os homens e nesse instante, Seu sofrimento e tristeza era tanto, que Seu suor transformou-se em gotas de sangue que escorriam pelo chão. Então, nesta mesma noite, aquele lugar é iluminado pelas tochas,dos soldados romanos enviados pelos anciões do povo e pelos príncipes dos sacerdotes, fortemente armados e comandados por Judas Iscariotes, que O trai com um ósculo santo. Levam então, Jesus preso e amarrado com fortes cordas, e na prisão é acoitado cruelmente pelos soldados que cospem em Sua Divina face.
Ao ser enterrogado pelo governador Pôncio Pilatos, não abre a boca, não se defende, e Pilatos vê claramente que Ele não tem nenhuma culpa, principalmente que mereça a morte de cruz, como também se vê diante de sua mulher atormentada em sonhos pedindo que ele não tomasse parte na  morte daquele homem. E numa tentativa de libertar Jesus, manda que seus Soldados mais viris, O levem para ser açoitado, eles tiram a roupa dEle e O chicoteam  com  requinte de crueldade; com um chicote feito com tiras de couro e nas pontas esferas pontiagudas, quebrando Seus ossos e arrancando pedaços de carne e depois, colocam em Sua fronte sagrada, a socos de faras de pau, uma coroa tecida com grandes espínhos, que perfuram Seu célebro.Mas porém, a fúria e gritaria da multidão, afirmando que o Rei de Roma era somente Cézar e que, se ele libertasse Jesus estaria contra Cézar. Então, para Pilatos era mais cômodo e seguro para sua vaidade, ficar do lado de Cézar, e num ato da mais infame covardia, lava suas mãos e diz que não tem nada a ver com a morte daquele homem e entrega Jesus para ser cruxificado como um mafeitor, tendo recebido este castigo, por ter blasfemado, dizendo Ser o Filho de Deus.
Aquelas costas já em estado deplorável, recebe um madeiro pesado para fazer Sua caminhada até o gólgota, acompanhado do populacho estérico e dos soldados, que O empurravam para diante com mais chicotadas. E neste caminho doloroso, cai por três vezes e encontra Sua Mãe, que estava com o coração transpassado de dor e num breve instante, Seus olhares se confortam, se é que se possa imaginar existir algum consolo numa cena tão cruel como esta, mas é de se acreditar que naquele olhar: A Mãe, tenha expressado um amor que supera todas as espectativas humana, e que O Filho, tenha afirmado à Sua doce e amabilíssima Mãe, que confiasse e continuasse firme, pois aquilo tudo fazia parte do plano de Deus para salvar os homens por Ele amados. E chegando no calvário, Jesus é pregado na cruz entre dois ladrões e vê João o discípulo que amava, ao lado da Mãe dolorosa,em total desespero vendo que Seu Meste estava partindo, Então Ele olha para a Mãe e diz, Mâe eis aí o teu filho e a João, filho eis aí Tua Mãe, e neste momento, Ele põe nas mãos de Maria a missão de cuidar de Seus filhos, ou seja, João representava  naquela cena, cada um de nós e Maria passaria então a ser, a Mãe de todos os homens da terra e anjos do céu. Mas, a zombaria continuava até mesmo de um dos ladrões, que fora cuxificado com Ele e dizia com deboche, se és mesmo o Filho de Deus, sai desta cruz, salva a Te mesmo e a nõs também, porém, o bom ladrão repreende o outro dizendo, cala-te insensato, nós estamos aqui porque merecemos este castigo, mas Este homem é justo e não merece este castigo e diz a Jesus, Senhor quando estiveres no paraíso lembra-Te de mim e em resposta àquele apelo comovente, Ele fala, pois Eu te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso. O bom ladrão, no seu momento final, reconhece-se pecador, arrepende-se de suas culpas e vê Jesus, como Deus e salvador.
E para que se cumprisse as Escrituras Sagradas disse, tenho sede, e ensoparam uma esponja com vinagre dando para Jesus beber, então Ele, como último pedido a Deus diz: PAI, PERDOA PORQUE ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM, deu um brado profundo e exclamou: ESTÁ TUDO CONSUMADO. Mas, o espetáculo da mais miserável e cruel tortura, não estava completo, para assegurar que realmente Ele tinha morrido, o soldado O golpea com uma lança no peito, de onde João vê sair água e sangue, que representam os raios da missericórdia Diniva sendo derramada sobre toda a humanidade. As portas do céu estavam sendo abertas, para os filhos do Homem. Já morto, é descido da cruz e é entregue nos braços da Mãe, para ser sepultado e será que, existe em todo o universo uma mente que seja capaz de imaginar ou descrever, este momento de tamanha dor, a Mãe santa com o Filho santo nos braços, compeltamente desfigurado, como diz o Apóstolo Paulo aos Filipenses, não tinha aparência humana e todos viravam  as costas para Ele, porque era monstruoso Seu aspecto, e certamente, a sensação que se podia ter era de horror. Só que Maria, cobria Suas chagas com beijos e muito carinho, não se viu nenhum  gesto de desespero ou de revolta naquela Mãe, embora se possa dizer, que Ela estava cruxificada também pela dor com Seu Filho, e que no silêncio de Seu Sagrado coração, havia a confiança plena em Deus Pai e sabia que, depois de todo aquele martírio, Seu amado Jesus seria glorificado pelo Todo Poderoso.
Resta então ressaltar, que certamente, a narrativa de todo esse cruel martírio, a fraqueza de Pedro ao negá-Lo por três vezes a quem Ele entregou as chaves do céu, a traição de Judas, não representou  para Jesus Sua maior dor e sim, a ingratidão dos homens, pois quando estava no pretório de Pilatos, viu na multidão que gritava instigando o governador para que O cruxificasse, muitos daqueles que Ele havia curado de suas enfermidades. Ao terceiro dia Ele vence a morte, ressuscitando dos mortos e dizendo aos Seus: CORAGEM, EU VENCI O MUNDO.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

As Sete Dores de Maria






I

A PRIMEIRA DOR DE MARIA: Esta dor se deu quando, completado os dias da purificação, como era de costume de seu povo, Maria leve o menino Jesus ao Templo, para ser circuncidado, ou seja, toda criança do sexo masculino, deveria ser oferecida a Deus. E lá existia um velho profeta, chamado Simeão que em suas preces, tinha pedido ao Senhor, não morrer antes de contemplar a face de Seu Filho, do Messias prometido nas Escituras. Então, ao ver Jesus nos braços da Mãe Maria, num êxtase de tanta alegria, Simeão toma o menino e O eleva ao alto, dando graças a Deus e profetizando que, Àquele Menino seria um sinal de contradição, que iria congregar os bons e criaria obstáculos à ação dos maus, mas que também um gládio de dor transpassaria o coração de Sua Mãe.
Neste momento, embora já conhecesse, o que dizia o profeta Isaias sobre o sofrimento do Seu pobre Filho, Maria continua firme no propósito de ser fiel a Deus, ficaria cada vez mais ligada ao Seu Jesus e  guardaria tudo no silêncio de Seu amabilíssimo coração. Oh!, minha doce Mãe, se confirmava assim, com as palavras de Simeão o martírio atroz que Teu Filho e meu amado salvador Jesus, passaria neste mundo, diante da ignorância e ingratidão dos homens, mas certamente, desde o momento em que o Anjo Gabriel Te fez a saudação:"Ave cheia de graça, O Senhor é contigo", Te revelando que havias sido a escolhida, para gerar o Filho do Altíssimo e ao dar o Teu SIM incondicional, Te tornando a escrava da Vontade de Deus para que Sua Palavra se cumprisse, sabias muito bem o que Te aguardava,serias também cruxificada na dor cruel juntamente com Teu Filho, pois conhecias  por demais as Escrituras Sagradas e rezavas intensamente ao Senhor, suplicando que enviasse logo o Libertador para tirar seu povo da opressão dos poderosos. Oh! Filha de Sião, geraste em Teu Ventre,Aquele a quem clamastes a Deus em orações incansáveis,És o modelo mais perfeito de toda fé, a primeira e verdadeira cristã, a cheia de graça aos olhos do Pai. Continue Mãe Maria, a orar por Teu povo, colocando diante da Trindade Santa, as necessidades de cada um de nós que confiamos em Tua poderosa interceção e nos ajude, a sermos fiéis a Deus, mesmo diante de tantas calamidades que acontecem no mundo, como também, diante de tanta descrença e desembestos nos homens.


A SEGUNDA DOR DE MARIA: Imaginemos a cena, a Sagrada Família saindo como fugitivos de sua terra, que era templo do Deus verdadeiro para a terra dos ídolos e essa fuga se deu durante a noite. José, novamente em sonhos, é avisado pelo anjo do Senhor que Herodes quer a morte de Jesus e então, ordena que Ele tome o menino e a mãe e caminhem para o Egito ficando por lá até nova ordem. Certamente o tempo não foi suficiente, para que José levasse consigo muita coisa, ou seja ,muitos mantimentos, já que a viagem se daria apenas com a ajuda de um simples burrinho, que deveria em alguns momentos, carregar a virgenzinha com Seu Filhinho para aliviar o cansaço. Mas tinham que fugir da fúria diabólica de Herodes, que temendo loucamente que seu trono fosse usurpado pelo Messias esperado, ordena que seus soldados passem a espada em todos os recém-nascidos, onde  se ver cumprir o que foi dito pelo profeta Jeremias:"Em Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos; é Raquel a chorar seus filhos;não quer consolação, porque eles já não existem".
Como deve ter experimentado tamanha dor, o sagrado coração de Maria, vendo que devia fugir dos homens Aquele que veio para salvá-los, e também sofria, pelas outras mães que iriam perder seus filhos ainda pequeninos, pois conhecia o que diza as Escrituras. Era apenas uma virgenzinha de quinze anos e já estavam sendo martirizada com Seu Filho, saindo às escondidas como se fossem ladrões, que fogem da justiça para não serem presos. E a viagem de Belém para o Egito, duraria uns trinta dias, onde caminhariam por vales, montanhas e deserto, levando chuva e sol e quem sabe, se alimentando com pedaços de pão duro e expostos a todos os perigos. Quem sabe,se pelo caminho José tenha inquietado-se por vezes, ao pensar como seria a vida deles numa terra estranha, sem terem o conhecimento de ninguém e sem nenhum dinheiro. E Ela, a Mãe santa durante este longo percurso, quantas vezes, deve ter contemplado Seu pobre Menino, tão pequenino e exposto a tantos incomodos e necessidades e cada vez que O olhava naquele desconforto, lembrava-se vivamente das palavras do profeta Isaías a respeito do martírio que devia passar Seu amabilíssimo Jesus.
Que caminhada longa e difícil, quanta pobreza e quanta necessidade. Mas, mais adimirável e comovente, é a integridade deste casal, que não se abalaram por nenhum momento; embora houvesse pensamentos de preocupação em José, agigantava-se mais e mais sua total confiança em Deus; Ela então, mesmo com o coração já experimentando o sabor amargo da cruz de Seu Filho Dileto, não se abala, permanece fiel na total entrega de Si mesma ao Todo Poderoso, que passasse o que passasse, sempre iria confiar em Deus a quem Ela deu o Seu SIM e se fez escrava de Sua Palavra.
Certamente que, diante de todos percalços passados, por José e Maria na fuga de Belém para o Egito, não se viu desespero ou qualquer tipo de revolta,mas sim o  equilíbrio e a paz, porque Jesus Cristo, o Deus menino estava com Eles. E se Jesus se faz presente na vida da gente, mesmo diante das tempestades vividas no nosso viver, não há nenhuma possibilidade de desmoronamento do nosso ser.


A TERÇEIRA DOR DE MARIA: Esta dor insuportavelmente dolorosa, deu-se quando Jesus já tinha doze anos de idade, ferindo o peito de Sua mãe, como se fosse uma espada partindo ao meio Seu sagrado coração. Como era de costume, a Sagrada Família, junta-se à comitiva de seu povo e íam juntos a Jerusalém, para a comemoração da páscoa, e depois da comemoração retornam para casa. Certamente, Maria julgando que Seu Filho estava junto com as outras crianças, fica despreoculpada, mas logo depois se imagina, que tenha saido procurando Jesus no meio dos seus e não O encontra. Daí, o desespero apodera-se de seu coração e Ela sai correndo angustiada à procura de Seu bem amado; não há qualquer tipo de consolo para Ela que já havia enfrentado tantas privações durante a fuga para o Egito, mas em tudo que passou, estava com o Filho ao Seu lado , e agora o que fazer sem Seu bem maior?, onde encontrar Aquele que é Sua própria vida?, como iria agora vê o mundo sem a Luz de seus olhos?. Que padecimento cruel passou esta Mãe que, somente depois de três dias de penosa busca, sem conseguir comer direito e nem dormir, é que encontra Seu menino amado na Sinagoga, ouvindo e interrogando os doutores da lei, que estavam maravilhados com Suas respostas e sabedoria . E quando O encontra diz:"Meu Filho, que nos fizeste?!Eis que Teu pai e Eu, andávamos à Tua prucura, cheios de aflição", é claro que a santa Mãe, com estas palavras não quis repreender ou censurar o Filho, mas professar que a vida sem Ele não tem sentido. Em resposta à angustiada Mãe, Jesus diz:"Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?", e até parece que Jesus tenha feito pouco caso da dor de Sua Mãe,com essa palavras, só que, o que Ele queria fazer era, conscientizar Maria de Sua missão, de Suas dores e morte de cruz. Pois, Ela sabia desde o início,  o que era aguardado para ambos, e amando a Mãe Maria como Ele amava e sabendo como era amado por Ela,não passaria pela cruz sozinho, levaria consigo o coração chagado de Sua bendita Mãe.
E nesta dor torturante, Maria nos ensina que, nada neste mundo pode nos abalar, nos tirar de tempo, nem a necessidade, nem a enfermidade,nem todo o sofrimento mais atroz. Ou seja, nenhum acontecimento por mais incompreensível ou doloroso que seja, pode nos causar aflição e nos levar ao desespero, a não ser, vivermos privados da presença de Jesus em nossas vidas, viver sem a comunhão com Ele e sem fazer tudo o que Ele nos manda fazer.


A QUARTA DOR DE MARIA: É chegada a hora do espetáculo de dor, Maria passa a noite chorando, um choro inconsolável, tinha em Sua mente já montada toda a cena deste momento de horror, era o que estava escrito, não podia ser mudado uma só letra uma só vírgula. Aquele a quem tanto amava e de quem tinha cuidado com tanto zelo e carinho, seria repudiado e massagrado pelos homens, pelos quais, havia vindo ao mundo para salvá-los. Ninguém naquele universo todo, tinha a certeza de que Ele era realmente o Filho de Deus, a não ser Ela. Chegaram alguns discípulos à Sua casa, narrando os acontecimentos e dando-Lhe o veredito final, e disseram, julgado por um iníquo juiz, Jesus recebera a condenação dos mafeitores, a morte de cruz, e o coração da Mãe dilacerou-se com tamanha dor. Porém, quis acompanhar de perto o martírio de Seu Bento Filho, não importava como iria contemplar Seu aspecto desfigurado, saberia amá-Lo ainda mais, mas se pode perguntar: aonde encontrarias forças Mãe, para suportar ver Teu Filho sendo massagrado pela dor?, certamente, Ela nos diria, O AMOR.
E foi o amor mais puro e sublime, que levou Maria a acompanhar os passos de Seu Filho, na Sua caminhada rumo ao gólgota. Seguia a Mãe dolorosa, os rastros do sangue santo e precioso de Jesus, que marcavam sua passada naquele lugar e procurava desesperadamente poder vê-lO e tocá-lO, era seu direito, mas os soldados romanos não permitiam, até que numa esquina aconteceu o encontro doloroso, Mãe e Filho estavam um diante do outro, Seus olhares se encontraram e se falaram sem palavras, um consolando o outro apenas com o  olhar, e queria a Mãe abraçar o Filho e beijá-lO, mas Ele foi afastado dEla com espurrões e chicotadas. E será que existe no mundo, uma dor igual a esta? Oh! Mãe, não Lhe bastava encontrar Teu Filho completamente desfigurado, sem nenhum aspecto humano?. Ainda podias ver, Suas quedas e torturas?.
Fizeste o caminho até o gólgota com Ele, fostes igualmente açoitada com Ele, pois as mesmas dores que Ele sentiu, rasgaram o Seu coração Mãe Maria. E quem não haveria de se comover, vendo o Seu sofrimento?, somente aqueles que se permitem dominar pelo demônio e ficam cegos, cometendo as maiores atrocidades.


A QUINTA DOR DE MARIA: Estava agora, completada a caminhada dolorosa da Mãe e do Filho. Chegaram ao gólgota, e Maria se vê diante de mais cenas de horror, Seu Filho completamente chagado, pois não se via  parte nenhuma do Seu corpo, que não estivesse com hematomas e rasgos de sangue. Daí, ouve-se o barulho  das marteladas, estavam então, pregando Jesus na cruz, e cada prego que atravessava o Seu corpo santo, rasgava e triturava a alma de Sua Mãe. Mas Ela estava ali, aos pés da cruz de Dileto Filho, não arredava o pé e guardava tudo no Seu coração, pois sabia que depois daquele martírio, Ele seria glorificado pelo Pai. Mas, mesmo com esta certeza, doía ainda mais, era o Seu tudo, que via saturado e agonizante com tamanhas dores, era o Deus Emmanuel, tão esperado e tão rejeitado e desprezado pelos homens e que homens cruéis eram aqueles.
E amparada pelo discípulo que Jesus amava, Maria assiste os momentos finais de Seu Filho e nota que, Ele estava mergulhado num mar de angústias, procurando quem O confortasse, segundo o que dizia o profeta Isaías:"Eu calquei o lagar sozinho...Eu olhei em  roda e não havia auxiliar; busquei e não houve quem me ajudasse"; mas, quem poderia ajudá-lO, dentre aqueles homens, se todos ali eram seus inimigos?.Ela também v
ê que, mesmo naquele momento de tamanha dor, Ele conquista o coração do bom ladrão, que fora cruxificado com Ele e dá de presente ao mesmo, a entrada no paraíso. Vê também que, como último pedido ao Pai, pede que perdoe seus algozes, porque eles não sabem o que fazem. Quanto amor, nãe é Mãe Maria?, somente Deus pode amar assim, perdoando seus malfeitores, e somente a senhora sabia que Ele era O Deus Salvador.
E lá estava a Senhora, vendo Seu filho partir da forma mais violenta e cruel, que se possa imaginar, sem nada poder fazer, a não ser, morrer com Ele. Mas, eis que Ele vê Seu coração de Mãe dilacerado de tanta dor e a desolação de João que a amparava cheio de cuidados, então Ele delega a Ti Maria, a missão de cuidar de Seus Filhos para que não se dispersassem e ficassem unidos, esperando o cumprimento de Suas Palavras. Olha então para Te e diz: Mãe, eis aí o Teu filho; e diz a João: filho, eis aí tua Mãe. E deste momento em diante, toda a humanidade se torna teus filhos. Mas Senhor, com que força, poderia aquela Mãe, servir de consolo para  Teu João?, se na realidade, Ela é que precisava ser consolada, mas mesmo, que todo o universo se reunisse, céus e terra se abraçassem, não poderiam consolar aquele coração despedaçado e moribundo.
Mas, depois de nos entregar aos Teus cuidados, na pessoa de João, Ele dá um brado forte e diz:"Pai,está tudo consumado, em Tuas mãos entrego o meu espírito", e morre diante de Te Maria, a Mãe de todas as dores.
E quem Te olhasse naquele momento Mãe Maria, com os olhos da fé e do reconhecimento, diria que se estaria contemplando dois altares, em que dois amores, se sacrificavam em favor da humanidade. Um era a cruz com o corpo chagado e desfigurado, de Seu amado Filho Jesus e o outro,estaria com o Seu coração de Mãe santa e fiel, transpassado com a lança da dor.




A SEXTA DOR DE MARIA: Jesus já estava morto, mas a sede de crueldade ainda não fora saciada. Um soldado toma uma lança na mão, e abre o lado santo e sagrado de Jesus, de onde o discípulo amado, vê sair sangue e água, que significava que, as comportas da misericórdia divina estavam sendo abertas para todos os pobres pecadores, principalmente, para aqueles que mesmo participando da cruel tortura, vendo naquele momento as cortinas do tempo se rasgarem, reconheceram dizendo: Este homem, era mesmo Deus.
A lança daquele soldado, não havia aberto somente o lado de Jesus, mas também, estraçalhou  e partiu ao meio, o coração de Maria e era como se Ela gritasse, como nos diz o profeta Jeremias: Ó vós todos, que passais pela estrada, atendei e vede, se há dor semenhante à minha dor. Até parecia que aquela Mãe procurava algum consolo, mas não, Seu coração não podia mais encontrar consolação nesta terra, depois de vê a tortura atroz e morte de Seu Jesus. Mas  agora  estremece de terror, ao ver aproximando-se os soldados armados, para quebrarem as pernas dos cruxificados, e ainda consegue dizer; ai! meu Filho já está morto, deixai de ultrajá-lO ainda mais; daí Lhe é permitido  receber em Seus braços, o corpo já sem vida de Seu Filho.
Ó Vírgem sacrossanta, deste com tanto amor vosso Filho ao mundo, e vede como ele vo-lo entrega!, certamente que nesta hora, clamaste a Deus, para que Ele olhasse em que estado, Te entregaram Teu Filho amado. Então, num gesto de total resignação, saúdas as chagas de Jesus, beijando e acariando aquele corpo inerte e deploravelmente desfigurado pelo massagre que sofrera de Seus algozes, e quem sabe não se ouviu dizer Tua boca:Ah! Filho, a que extremos Te reduziu Teu amor pelos homens!, que mal lhes fizeste para que assim Te maltratassem?. Mas Mãe, esquecestes que foi para esse fim, que Deus O enviou?, que com o Teu sim, haverias também de ser cuxificada na dor com Ele?
Como pode então, os homens contemplarem tamanha dor e não se apiedarem de Te?, como podem, não receberem como Mãe, aquela que também foi cravada na cruz de Seu Filho pela dor?
Toda mãe, ao ver o fillho morto de forma injusta, revolta-se e deseja vingar a morte do filho querido, nascido de suas entranhas. No entanto, Maria olha para nós pecadores e reafirma as palavras do profeta Isaías,nos dizendo:"Tomai isto a sério, vós prevaricadores", ou seja, pecadores, voltai ao ferido Coração de Jesus; arrependei-vos, Ele vos acolherá e completa com as palavras do profeta Ezequiel:"Eis que agora estás no tempo, no tempo do amor". Era como se dissese a todos nós: Meu Filho morreu para vos salvar, já não é para ti um tempo de terror, mas de amor; é tempo de amares Aquele que tanto quis sofrer, para provar o quanto te ama; e se Meu Filho quis que Lhe fosse aberto o lado para dar-te Seu Coração, é justo que vós também , lhe dês o vosso coração.


A SÉTIMA DOR DE MARIA: Imaginemos o que deve se passar no coração de uma mãe, vendo seu filho ser sepultado, sabendo que não mais o verá, deve ser uma dor arrebatadora; pois que é desejo de toda mãe que ama realmente, morrer antes do filho.
E lá estava Ela, Maria a Mãe de Todas as dores, acompanhando o cortejo do Seu bem amado Filho até o local onde O haveriam de sepultar. E chegado o momento do sepultamento, Maria olha o corpo do Filho Santo, que a piedade de José de Arimatéia, envolveu-O num lençol de linho branco e perfumou com doces aromas. É a hora da despedida e os discípulos precissavam rolar a pedra para fechar o túmulo; eis então o último olhar, e era-Lhe ardente o desejo de sepultar Sua alma com o corpo do Filho, então, a Mãe aflita e dolorosa, entrega  Seu Coração para ficar junto com o Filho no sepulcro.
Maria deixa Seu Coração sepultado com Jesus, porque Ele é Seu único tesouro. Olha então, para a pedra que fechou o sepulcro e diz:"Ó pedra feliz, que encerras Aquele que tive nove meses no seio, Eu te bendigo e invejo; deixo-te guardando este Meu Filho que é todo o meu bem, todo  o meu amor". E saindo dali amparada pelas mulheres e pelos discípulos, passa novamente diante da cruz onde haviam pregado  Seu Filho e é a primeira a adorar a santa cruz, quando diz ao beijá-la:"Ó Cruz, eu te beijo e te adoro; agora não és mais um madeiro infame, mas o trono do amor e o altar da misericórdia, consagrado com o sangue do divino Cordeiro, sacrificado em teus braços pela salvação do mundo. Depois olha em volta,e não vê mais o Seu Jesus tão amado e cheia da mais profunda tristeza, Se dirige a João e pergunta:João, onde está o teu Mestre?, depois  volta o olhar para Madalena perguntando também:Filha, dize-Me, onde está o teu Dileto? Quem no-lO arrebatou?. Em prantos se expandiam a Senhora e os que A rodeavam.

Eucaristia, presença real de Cristo.



Vendo Jesus, que aproximava-se o momento de Sua Paixão e Morte, quis ceiar com Seus discípulos e nesta última ceia, Se Fez comida, pegou o pão e o vinho, deu graças ao Pai e disse:"Com o pão, Este é o meu Corpo, que será entregue por vós; e com o vinho, Este é o Meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós, para remissão de seus pecados, fazei isto em memória de Mim". E assim, Ele instituiu a Eucaristia, para nunca mais ficar longe dos seus. Todas as vezes, em que em cada igreja do mundo inteiro, em que se celebra a Eucarístia, que é o Ápice da celebração da missa, revivemos este momento da última ceia de Jesus com seus discípulos, e Ele se faz presente no meio de nós, faz morada em nossos corações, nos transpotando ao céu. Por isso, não podemos receber Este Hóspede Divino de qualquer jeito, temos que arrumar a casa do nosso coração, tirar de dentro dele, toda impureza, todo ódio, toda maldade e todo sentimento ruim criado por satanás. Nós católicos, sabemos que na Hóstia Santa, o pão não tem o gosto da carne de Jesus e nem o vinho tem sabor do sangue do Senhor, mas porém, quando o sacerdote faz a consagração das espécies do pão e do vinho, ele diz no final, eis o mistério de nossa fé. É pela fé, que acreditamos e sabemos, que é real a presença de Jesus na eucaristia. Jesus nos diz que , se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda, que é o menor grão do mundo, tireis ao monte que se precipite ao mar, e ele se precipitará. A fé é um ato total de confiança em Deus. Pela nossa fé, recebemos realmente Jesus em cada eucaristia, é a vida do amor eterno se misturando com a nossa vida, é momento de graça.

Amar a Deus acima de tudo e de todos.



Esta é a ordem  de Deus,para cada um de nós, que devemos Amá-lO de todo nosso coração, com toda a nossa mente e com todas as nossas forças. E Deus nos deixa este mandamento, porque somos suas criaturas prediletas e nos criou somente para Ele. A nenhum ser criado por Deus, Ele deu a liberdade, somente a nós seres humanos, porque fomos criados à Sua Imagem e Semelhança, e também nos disse, sede santos porque Eu Vosso Deus Sou Santo. E quando enviou Seu Filho amado ao mundo, para nos salvar do pecado e vencer satanás, morrendo morte de cruz. Jesus Cristo reafirma a ordem do Deus, quando nos diz:"Procurai ser perfeitos, como Vosso Pai do céu é perfeito". Então não é nenhuma ficção científica, a santidade, é desejo de Deus para seus filhos. E sabem porque não somos santos, já aqui na terra?,porque não fazemos a vontade de Deus e o pecado, é a desobediência ao Eterno Pai. Jesus, mesmo em condição divina, se faz obediente ao Pai, cumpre tudo o que Deus planejou para Ele e ganhou a glória junto ao Pai. Para cada um de nós, Deus tem um plano de amor a realizar, basta querer, basta permitir que Ele tome o controle do barco de nossas vidas, e com certeza, mesmo que haja águas turbulentas e grandes tempestade, não iremos naufragar. Quem caminha à nossa frente é o guarda de Israel, que não dorme nem cochila, que ganha todas as batalhas e faz o mar se abrir, para seu povo passar livre.