quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Anunciação do nascimento do precursou João Batista.


Nos tempo de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote por nome Zacarias, da classe de Abias; sua mulher, descendente de Aarão, chama-se Isabel. Ambos eram justos diante e Deus e observavam irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor. Mas não tinham filhos, porque Isabel era estéril e ambos de idade avançada.
Ora, exercendo Zacarias diante de Deus as funções de sacerdote, na ordem da sua classe, coube-lhe por sorte, segundo o costume em seu uso entre os sacerdotes, entrar no santuário do Senhor e aí oferecer o perfume. Todo o povo estava de fora, à hora da oferenda do perfume. Apareceu-lhe então um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do perfume. Vendo-o, Zacarias ficou perturbado, e o temor assaltou-o.
Mas o anjo disse-lhe:"Não temas, Zacarias, porque foi ouvida a tua oração: Isabel, tua mulher, vai dar-te um filho, e tu chamarás João. Ele será para ti motivo de gozo e alegria,e muitos se alegrarão com seu nascimento; porque será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem cerveja, e desde o ventre de sua mãe será cheio do Espírito Santo; ele converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus, e irá adiante de Deus com o espírito e poder de Elias para reconduzir os corações do pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, para preparar ao Senhor um povo bem disposto". Zacarias perguntou ao anjo:"Donde terei certeza disso? Pois sou velho e minha mulher é de idade avançada". O anjo respondeu-lhe:"Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para te falar e te trazer esta feliz nova. Eis que ficarás mudo e não poderás falar até o dia em que estas coisas acontecerem, visto que não deste crédito às minhas palavras, que se hão de cumprir a seu tempo". No entanto, o povo estava esperando Zacarias; e admirava-se de que ele se demorasse tanto tempo no santuário. Ao sair, não lhes podia falar, e compreenderam que tivera no santuário uma visão. Ele lhes explicava isto por acenos; e permaneceu mudo.
Decorridos os dias do seu ministério, retirou-se para sua casa. Algum tempo depois Isabel, sua mulher, concebeu; e por cinco meses se ocultava, dizendo:"Eis a graça que o Senhor me fez, quando lançou os olhos sobre mim para tirar o meu opróbrio dentre os homens".(Lucas 1,5-25)
O Evangelista São lucas, nos faz a maravilhosa narrativa da anunciação  do nascimento do precursor de Jesus Cristo; João Batista, que já no ventre de sua mãe era cheio do Espírito Santo de Deus.Pois Deus precisava de alguém para preparar os caminhos de Seu amado Filho Jesus, e assim enviou João como sendo o seu profeta. E envia o anjo Gabriel ao sacerdote Zacarias, no exato momento em ele adentra ao santuário para fazer a oferenda do perfume, como era de costume. E o anjo lhe dar a boa nova, dizendo-lhe que as preces dele tinham sido ouvidas por Deus e sua mulher Isabel iria lhe conceber um filho, a quem chamarias de João. Mas Zacarias não dá crédito às palavras do anjo, porque já era velho e sua mulher estéril, porém, como reprimenda à sua descrença, o anjo Gabriel, lhe assegura que daquele momento em diante, ficaria mudo e só voltaria a falar, quando todas aquelas coisa se cumprissem.
Zacarias demora-se no santuário e ao sair, nada pode relatar sobre este acontecimento de tamanha graça e alegria, e embora fizesse alguns gestos, ninguém entendia o que havia acontecido, só imaginavam que ele tivera uma visão dentro do santuário.
Isabel por sua vez, envergonhada pela gravidez em estado avançado de vida, se ocultava do povo e Zacarias não podia contar, porque lhe fora tirada sua voz mediante sua descrença.
Porém, no sexto mês de sua gravidez, Isabel recebe a visita mais ilustre e importante de sua vida. Maria, já trazendo em seu ventre, Seu Filho Jesus, adentra à casa de Isabel sua parenta, para ajudá-la nos afazeres domésticos, onde nesta acolhida de amor de Isabel, João estremece de júbilo no ventre de sua mãe e coloca as palavras de saudação na boca de sua mãe que a saúda como a cheia de graça aos olhos do Pai.
E quando completa-se o tempo para Isabel dar a luz, João nasce e após o oitavo dia, é levado como é de costume para ser circuncidado, ao perguntarem o nome do menino, Isabel responde que será chamado João e ao esperarem pela confirmação de Zacarias em relação ao nome do menino, ele recupera a voz e diz:"Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo,e suscitou-nos um poderoso Salvador, na casa de Davi, seu servo(como havia anunciado, desde os primeiros tempos, mediante os seus santos profetas), para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam. Assim exerce a sua misericórdia com nossos pais, e se recorda de sua santa aliança, segundo o juramento que fez ao nosso pai Abraão; de nos conceder que, sem temor, libertados de mãos inimigas, possamos servi-lo em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias da nossa vida. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho, para dar ao seu povo conhecer a salvação, pelo perdão dos pecados. Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente, que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigi os nossos passos na caminho da paz".



ORAÇÃO SACERDOTAL (Jesus ora ao Pai em favor de Si mesmo)



Jesus afirmou essas coisas e depois, levantando os olhos ao céu, disse:"Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti; e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhes entregaste. Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer. Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o mundo fosse criado".(João 17,1-5)
Atentem irmãos, para o valor grandioso e eficaz da oração; pois o evangelista São João, nos mostra o grande Mestre Jesus, em oração ao Pai Eterno, rogando sua glorificação junto a Ele, já que havia terminado a obra que o Pai o mandara realizar, a obra Redentora de toda a humanidade.
E é interessante, atentarmos à algo de primordial importância, quando Jesus diz:"Pai é chegada a hora. Glorifica teu Filho". Pois quando Jesus menciona a proximidade desta hora, Ele nos mostra que o martírio se aproxima e que se faz necessário, passar pelo calcário, onde seu corpo perderia a aparência humana de tantos açoites que receberia de forma injusta e com requinte de crueldade. Mas sua glorificação junto ao Pai, implicaria na execução da obra Redentora, que o Pai O incumbiu de realizar nesta terra, ou seja,teria que passar pela morte e vencê-la, em favor das criaturas prediletas do Pai, que somos cada um de nós.
Através do evangelista São João, Jesus nos assegura que, sendo glorificado no Pai, todos aqueles a quem o Pai lhe entregou, dando-lhe poder sobre suas vidas, terão a garantia da vida eterna, porque acreditaram no Filho do Homem e creram em suas Palavras. E é mais enfático ainda quando afirma que:"Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste".
Jesus deixa bem claro, para que não haja qualquer tipo de dúvidas em nossos corações, que Ele voltará a ter a glória junto do Pai, a glória que já teve antes que o mundo fosse criado, só depois que executasse a obra, que o Pai O enviou para realizar. E para melhor entendermos, Jesus nos mostra, o caminho para se chegar junto do Pai, que é o da obediência, porque Ele mesmo sendo Deus junto do Pai, foi obediente até a morte e morte de cruz.




"Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua palavra. Agora eles reconheceram que todas as coisas que me deste procedem de ti. Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste e eles as receberam e reconheceram verdadeiramente que saí de ti, e creram que tu me enviaste.
Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai Santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós. Enquanto eu estava com eles, eu os guardava em teu nome, que me incumbiste de fazer conhecido. Conservei os que me deste, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Mas, agora, vou pra junto de ti. Dirijo-te esta oração enquanto estou no mundo para que eles tenham a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra, mas o mundo os odeia, porque eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserve do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade. Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade."(João 17,6-19)
Jesus agora, ora ao Pai pelos seus discípulos, por aqueles que eram do Pai e o Pai os entregou a Ele, e Ele se incumbiu de fazê-los conhecedores da Palavra da verdade que liberta.Então pede ao Pai que os guarde em seu nome e não os tire deste mundo, mas os preserve de todo mal, porque através deles, Ele próprio será glorificado no mundo.
Jesus fala com o Pai, num tom de amor absoluto aos seus discípulos, mencionando que, todos os que o Pai lhe deu, Ele os conservou e que nenhum se perdeu, a não ser Judas Iscariotes, que era o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Judas, que teve a grandiosa oportunidade de estar com Jesus e ver seus milagres e ouvir suas Palavras de vida eterna, não abriu o coração ao amor e nem olhos para vislumbrar os céus, na pessoa do Mestre.
Num primeiro instante, em que Jesus ora ao Pai, Ele diz que, já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; é como se neste momento, Ele realmente se ausentasse desta vida e adentrasse aos céus, onde está o trono de glória de seu Pai, e como se também nos fizesse entender que,o que iria passar, nenhum deles, teriam estrutura para suportar e necessitariam, da ajuda do Pai Eterno. E logo depois, quando fala do filho da perdição; Jesus diz ao Pai que, vai para junto Dele e que faz aquela oração em favor dos seus, enquanto está no mundo para que eles tenham a plenitude da sua alegria, e que alegria seria essa, senão a de cumprir com exatidão, a vontade do Pai,e que esse cumprimento desta vontade Santa, lhe faria desfrutar da Glória junto ao Seu Pai, que Ele já desfrutava antes mesmo da criação do mundo.
Jesus, diz ao Divino Pai, que por causa da Palavra da verdade, que fizera os discípulos conhecerem e viverem, o mundo os odeia, então roga que o Pai os guarde em Seu Santo nome e os conserve na unidade. Pois assim, com Ele O enviou, também os envia ao mundo, para que através de cada um deles, Ele seja também glorificado, e que também, pela verdade vivida e anunciada, eles alcancem a santificação.


"Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste, como amaste a mim.
Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória que me concedeste, porque me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes sabem que tu me enviaste. Manifestei-lhes o teu nome, e ainda hei de lho manifestar, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles."(João 17,20-26)
Atentem amados irmãos, a preocupação que Jesus teve com seus discípulos e tem com todos, que através deles conheceram a Palavra da verdade, anunciada e ensinada por Ele."Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim".Certamente que Jesus sabe, que o mundo não aceita a verdade do Pai, porque essa verdade libertadora, escraviza o egoísmo dos homens e é pedra de tropeço, para seus projetos mesquinhos e de cunho exclusivista e direcionado,unicamente para o lado material e financeiro, sem ideais alguns voltados para a fraternidade e o bem comum.
"Para que todos sejam um, assim com tu, Pai estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste".Vejam, como Jesus Cristo é categórico, ao fazer esta afirmação, que fiz questão de negritar, para dar o ênfase que essa verdade deve nortear a nossa fé e a caminhada cristã: "A UNIDADE". E é ele, o próprio Jesus, quem exige de nós esta unidade, porque somos todos membros de Seu Santo Corpo, e Ele é a cabeça. Sem a unidade, nossas orações não chegam nem mesmo, ao teto de nossa própria casa, digamos ao coração de Deus. Sem unidade, nossos trabalhos de evangelização, não conseguirão nem mesmo desempacar uma mula, quanto mais, converter um coração empedernido. Sem unidade, nosso canto não conseguirá juntar-se ao coro dos anjos, levando harmonia e sintonia, aos corações apreensivos e angustiados, que não conseguem assimilar a verdade que sai da boca de Deus. Sem a unidade verdadeira, não poderemos mostrar ao mundo, que somos enviados e escolhido por Deus: pois Ele e Seu Filho Jesus, são um só e nós só seremos um com Ele, se nos conservarmos na unidade do amor, que nos fará perfeitos e iremos para a glória, onde Jesus está e quer que estejamos.


 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Hino de louvor à providência de Deus.


Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos.
No seu amor nos predestinou para sermos adotados como filhos seus por Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua livre vontade, para fazer resplandecer a sua maravilhosa graça, que nos foi concedida por Ele no Bem-amado.
Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça que derramou profusamente sobre nós, em torrentes de sabedoria e de prudência.
Ele nos manifestou o misterioso desígnio de sua vontade, que em sua benevolência formara desde sempre, para realizá-lo na plenitude dos tempos - desígnio de reunir em Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra.
Nele é que fomos escolhidos, predestinados segundo o desígnio daquele que tudo realiza por um ato deliberado de sua vontade, para servirmos à celebração de sua glória, nós que desde o começo voltamos nossas esperanças para Cristo.
Nele também vós, depois de terdes ouvido a palavra da verdade, o Evangelho de vossa salvação no qual tendes crido, fostes selados com o Espírito Santo que fora prometido, que é o penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor da sua glória(Epístola aos Efésios 1,3-14).
Caríssimos, o Apóstolo Paulo mais uma vez, na eloquência de sua exortação aos cristãos de Éfeso, nos conscientiza, da importância do louvor constante à providência de Deus, essa divina providência que nos acompanha desde muito antes da criação do mundo, porque Deus já pensava em cada um de nós, suas criaturas prediletas e nos escolheu, para sermos santos e irrepreensíveis aos Seus olhos. Sim irmãos, porque os outros seres criados por Deus, não podem alcançar o grau de santidade desejado por Deus, somente nós, que fomos criados segundo à Sua imagem e semelhança. Então, a santidade não é utopia, mas um desejo ardente de Deus para cada um de nós, e uma realidade maravilhosa para nossas vidas, se permitirmos que seja feito em nosso viver, unicamente a vontade do Pai Eterno.
E atentem, para quem nos faz essa exortação santa e sábia, aquele que um dia, fiel às suas convicções e às Leis romanas, perseguiu os cristãos e até mesmo, participou do apedrejamento de Estevão, mas derrubado do cavalo de sua ignorância a respeito do verdadeiro Deus,por Cristo Nosso Senhor, o terrível Saulo de Tarso, se converte ao cristianismo e recebe Jesus Cristo, como seu único Senhor e Salvador, e então vai combater o bom combate da fé até o fim de seus dias, na total fidelidade ao seu e nosso Redentor adorado.
O Apóstolo Paulo nos faz compreender que, Deus por amor, nos escolheu em Cristo, seu Bem-amado, antes da criação do mundo e nos predestinou para sermos adotados como filhos seus por Jesus Cristo.Então, não pode haver dúvidas em nosso coração, pois só podemos receber a filiação Divina, através de Jesus Cristo, que com o seu sangue, nos trouxe a redenção, ou seja, a remissão dos nossos pecados, segundo as riquezas da sua graça que derramou profusamente sobre todos nós, em torrentes de sabedoria e de prudência.
E Paulo vai mais longe ainda,quando nos assegura que,em Jesus Cristo, fomos escolhidos e predestinados, para servirmos à celebração da glória de Deus Pai,e é conclusivo ao dizer: nós que desde o começo voltamos nossas esperanças para Cristo. E vai mais além, ao afirmar que, ao ouvirmos  a Palavra da verdade, que é o Evangelho de nossa salvação, no qual cremos, somos selados com o Espírito Santo prometido, que é o penhor de nossa herança.
Então, o que nós estamos esperando?...Façamos de nossas vidas, um eterno hino de louvor e adoração e gratidão ao Nosso Deus de amor, que já provou o quanto nos ama verdadeiramente, ao enviar ao mundo, Seu Dileto e Santo Filho, Jesus Cristo, para expiar nossas enormes culpas e nos trazer a salvação.
    

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A Caridade


Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus , e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos com Ele. Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos Ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nosso pecados.
Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito. E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo. Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele.
Nisto é perfeito em nós o amor: que tenhamos confiança no dia do julgamento, pois, como ele é, assim também nós o somos neste mundo. No amor não há temor. Antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor envolve castigo, e quem teme não é perfeito no amor.
Mas amamos, porque Deus nos amou primeiro. Se alguém disser: "Amo a Deus", mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê. Temos de Deus este mandamento: o que amar a Deus, ame também a seu irmão(1João4,7-21).
Como é maravilhoso a forma que o Evangelista São João, nos apresenta a caridade, vivenciada por ele na pessoa de Cristo, que se caracteriza pelo amor, esse imenso e sublime amor que Jesus, testemunhou a cada um de nós, quando se deu sem nenhuma reserva, naquela cruz para nos salvar.
João é bem convincente, quando exorta aos seus, que Deus é amor, e que quem ama está em Deus.Pois visto que, Deus é o próprio  amor, e quem ama, vive em comunhão com Ele.
João convoca de forma carinhosa, a cada um de nós, que somos batizados e incorporados a Cristo neste batismo de amor,a vivermos mutuamente esse amor com todos os irmãos; pois se não vivemos entre os irmãos esse amor, não podemos está união com Deus e nem podemos amá-lo como dizemos, já que onde existe amor, Deus se faz presente.
O Evangelista do amor, como é chamado João, nos exorta a compreendermos que,todo aquele que ama é nascido de Deus e vem da essência de Deus e não pode ser diferente de Deus, pois como ele afirma:"assim como Ele é, o seremos no mundo". Então não há outro caminho para a perfeição, a não ser o amor.
E João, é bem enfático quando nos diz em suas palavras que: "Se alguém disser: "Amo a Deus", mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê".E isso nos deixa claro que,se não somos capazes de amar nossos irmãos, que caminham junto a nós, nesta peregrinação terrena rumo à casa do Pai Eterno, não somos dignos de amar a Deus, que é o próprio amor.
Ele também nos assegura de forma eloquente,que quem ama não teme a nada, porque sua confiança está em Deus, e mesmo porque, sobre todo temor,sempre recai um castigo e se somos castigados, certamente, pecamos contra Deus. Mas se amamos a Deus verdadeiramente, com todas as nossas forças e com todo o nosso entendimento e com todo o nosso coração, seremos fieis a Ele e obedeceremos Seus Mandamentos, e se assim procedemos, não há lugar em nossas vidas, para qualquer tipo de temor.
João nos faz compreender também, que através do nosso amor aos irmãos, é que o mundo verá, que estamos com Deus e Deus conosco. Mas,e quem são esses irmãos, que temos que amar?, somente os da nossa família, ou os do nosso grupo de oração,ou da turminha do canto ou da nossa religião?. É evidente que não, porque Jesus Cristo se deu naquela cruz por todos nós. Então devemos amar a tudo e a todos, pois tudo que existe é criação de Deus e todos, independente de cor ou raça ou credo ou posição social, são irmãos e filhos de Deus.
E atentem para essa grande verdade: Depois, da maior prova de amor que Jesus Cristo nos deu, quando aceitou morrer por nós naquela cruz; é a Eucaristia,alimento santo e presença real, de Jesus amado, no meio de nós, nos ensinando que, o amor é comunhão. 



domingo, 6 de novembro de 2011

Filhos de Deus.

Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não O conheceu. Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isso se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto O veremos como Ele é. E todo aquele que nEle tem essa esperança torna-se puro, como Ele é puro. Todo aquele que peca transgride a Lei, porque o pecado é transgressão da Lei. Sabeis que (Jesus) apareceu para tirar os pecados, e que nEle não há pecado. Todo aquele que permanece nEle não peca; e todo o que peca não O viu, nem O conheceu.
Filhinhos, ninguém vos seduza: aquele que pratica a justiça é justo, como também (Jesus) é justo. Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio. Todo o que é nascido de Deus não peca, porque o germe divino reside nele; e não pode pecar, porque nasceu de Deus. É nisso que se conhece quais são os filhos de Deus e quais são os do demônio: todo o que não pratica a justiça não é de Deus, como  também aquele que não ama o seu irmão. Pois esta é a mensagem que tendes ouvido desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não façamos como Caim, que era do Maligno e matou o irmão. E por que o matou? Porque as suas obras eram más, e as do seu irmão, justas. (1João 3,1-12)
Somos filhos de Deus, é o que nos garante o Evangelista São João, porque ele viu Jesus e conheceu toda a verdade que saia de Sua boca e também, presenciou todos os milagres que Ele fez. João, que era a mais jovem de todos os discípulos e que, teve a coragem de seguir o Seu Mestre, em todos os passos de Seu calvário e morte de cruz, porque O amava com toda a sua vida; e que também, recebeu do Seu Senhor aos pés da cruz, a incumbência de cuidar de Maria, como a Mãe de todos os viventes. Então, se ele afirma nossa filiação divina, não podemos em hipótese alguma, questionar ou desacreditar, de tão grande e suprema verdade.
E por sermos filhos de Deus, não podemos de forma alguma, viver longe ou afastados dos caminhos que Ele já preparou para cada um de nós. É como fala João, se somos nascidos de Deus, o germe divino reside em nós, então não podemos viver em pecado, porque como ele afirma e também somos conhecedores, o pecado é do demônio, que peca desde o princípio e vive insidiando, a cada um de nós com suas mentiras e artimanhas desprezíveis.
E é interessante, quando João fala, que ainda não se manifestou o que havemos de ser, porque quando se manifestar, seremos semelhantes a Deus e O veremos como Ele é. Vejam, como é maravilhoso, a garantia que temos, ao caminharmos na justiça; veremos a Deus e a santidade estará em nós. Nós que nos maravilhamos, diante da história da vida dos santos; aqueles homens e mulheres, que se tornaram puros como Deus é puro, porque se decidiram a amar seus irmãos e viverem longe do pecado.
João enfatiza, de forma eloquente, que Jesus apareceu para tirar os pecados e destruir as obras do demônio; e que todo aquele que permanece em Cristo não peca. Pois quem está com Jesus, vive na verdade e não transgride a Lei, ou seja, não desobedece os Mandamentos da Lei de Deus, que é pura justiça. Ele também, deixa bem evidente, que quem é justo é de Deus e que, quem peca é do demônio; então, não podemos nos enganar ou nos deixar seduzir, por falsas palavras e promessas, que não vêm do eterno Pai.
O Evangelista, nos admoesta com a divina sabedoria, ao nos fazer entender que, quem não pratica a justiça, não pode ser de Deus, como também, quem não ama seu irmão. E nos apresenta o exemplo de Caim, que era do demônio e matou seu irmão, porque as obras do irmão eram justas e as suas más.
Então, de forma encantadora, João nos exorta a considerarmos com que amor, o Pai nos amou e nos ama, a ponto de mandar ao mundo, Seu Filho unigênito(JESUS), para lutar a nosso favor, e assim vencermos o demônio com o seu pecado. E Jesus, o Deus humanado, nos ensina  a fórmula eficaz e infalível, de vencermos as insídias pecaminosas do demônio, que é a obediência a Deus e a Seus mandamentos, os quais, Cristo resumiu em apenas dois:"Amarás o Senhor Teu Deus, de todo o coração e com toda a tua mente e todas as tuas forças e ao teu próximo, como a ti mesmo; e acrescentou, nisto se resume toda a Lei e todos os Profetas".
E João, nos clama de filhinhos, ao nos admoestar com a verdade que sai da boca de Deus, nos mostramos assim, um amor de Pai, e com essas palavras, nos assegura de forma carinhosa, que somos os filhos amados de Deus Pai. E neste acolhimento de amor, enfatiza que, aos olhos de Deus, somos as suas criancinhas prediletas, as quais, Ele coloca no colo e deseja nos ensinar a criarmos raízes na nossa fé e vivermos no Seu amor, para que, não nos percamos nos caminhos desta breve vida e sim, vivamos na justiça e nos tornemos puros, como Ele é puro.