quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Anunciação do nascimento de Jesus.


Como nos relata o evangelista São Lucas (1,26-38). Havia em Nazaré, uma cidade da Galiléia, uma jovem chamada Maria, que estava prometida em casamento, a um homem chamado José da casa de Davi. E certamente, que esta jovenzinha já tinha tudo planejado, para o seu casório e como toda jovem, anseiava que chegasse logo o dia de suas núpcias.
Só que esta jovem, era diferente das outras jovenzinhas de sua época. Conhecia muito bem, as Escrituras Sagradas, e sabia que Deus havia prometido enviar o Messias, que traria a salvação para todo o povo.
Vendo seu povo sofrer, diante da opressão dos poderosos; rezava e suplilcava incansavelmente, para que Deus, se compadecesse de sua gente e enviasse logo o libertador esperado.
Então, eis que certo dia, aparece em seu quarto, um anjo do céu; e logo o anjo Gabriel, que lhe faz uma estranha saudação:"Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo". E a jovem Maria, fica pertubada com aquelas palavras e não entende, qual seria o significado daquela saudação.
Então o anjo do Senhor, aquieta o coração da vírgem e lhe diz:"Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um menino, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim".
E pertubou-se mais ainda, o coração de Maria com estas revelações, e perguntou ao anjo:"Como se fará isso, pois não conheço homem algum?". Respondeu-lhe o anjo:"O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso, o ente que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida  por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível". E então disse Maria:"Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua Palavra". E o anjo afastou-se dela.
Foram segundos ou minutos, não se pode avaliar; mas se pode imaginar, o que se passou no coração e na mente de Maria, neste momento santo e mágico. Certamente, que todos  os seus projetos particulares, perderam a importância, porque o Deus Todo Poderoso a havia escolhido, para ser a coredentora da humanidade. Através dela, do seu sim incondicional, traria ao mundo o Messias, que não só iria salvar sua gente, mas a humanidade inteira, até mesmo, aqueles que ainda não nasceram.
Ela não pensou e nem se preoculpou, com o que poderia acontecer consigo, se José a rejeitasse; seria apedrejada até os portões da cidade e rejeitada por todos e quem sabe, se até não morreria com as pedradas. Nada importava para ela, só queria ser fiel e servir a Deus, e sabia que trazia em seu ventre, Aquele que era dono de sua vida.
Não existia nenhuma dúvida no coração de Maria, pois que ouviu  da boca do anjo Gabriel, "que a Deus nenhuma coisa é impossível"; e se esse Deus de amor e de poder, estava com ela, como poderia temer alguma coisa!.
Então, José, ao tomar conhecimento de que Maria estava grávida, e sabendo ele que não tinha estado com ela; e por ser um homem de bem, resolve rejeitá-la secretamente, e procedendo desta forma, evitaria que ela fosse apedrejada e poderia ter seu filho em paz. No entanto, o mesmo anjo, em sonho lhe aparece e lhe diz:"José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará a luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo de seus pecados".(Mt.1,19-21). E José, faz como o anjo do Senhor lhe disse, recebe Maria em sua casa e se faz também, escravo das promessas de Deus, cooperando com a salvação dos homens de todas as gerações.
E assim, se fez a Sagrada Família de Nazaré:"Jesus, Maria e José". E vejam, Deus quis, que Seu filho viesse ao mundo, fazendo parte de uma família, nos mostrando assim, quão importante é a família. E que, toda família formada na terra, têm que viver em santidade, seguindo o modelo da família sagrada, que só viveram para agradar e obedecer a Deus, por isso, hoje desfrutam da glória nos céus.



Mãe Maria, vem nos ajudar na nossa caminhada de fé. Queremos e precissamos tanto, dar nosso sim a Deus. Esse sim Mãe, que tantas e tantas vezes, fica num talvez ou quem sabe; pois é brecado, nos nossos desejos mundanos, nas nossas vaidades, nos nossos projetos particulares e egoístas, na sede obsecada que temos de querer e poder.  Ti pedimos então, Mãe Maria, que caminhe conosco e nos ensine e nos ajude, a vivermos para nosso Deus, como a Senhora viveu;  e que possamos com o teu auxílio, fazer de nosso corpo, um sacrário vivo de Teu Filho Jesus, para que através de nós, Ele possa continuar salvando os homens nossos irmãos.



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Servo, certo do triunfo, aceita o sofrimento.


O Livro do Profeta Isaías (50,4-7), bem antes da vinda do Messias prometido, nos  faz a narrativa do sofrimento de nosso Senhor; que vem ao mundo com a missão dada pelo Pai Eterno, de salvar e redimir todos os homens. Porém, esta missão, implicaria num martírio atroz, ou seja, o Servo obediente, que é Jesus, o filho de Deus, deveria passar pela dor; não uma dor comum, mas a dor causada pelo pecado, que aniquila cruelmente a vida do homem; homem esse, que foi criado segundo à imagem e semenhança do próprio Deus, tornando-se a criatura predileta do Todo Poderoso.
Mas, vejam, Jesus deveria passar pela dor atroz e crucial, causada pelo nosso pecado, pois Ele, embora assumindo a nossa condição humana, não se viu pecado algum nEle. Mas aprouve ao Deus, esmagá-Lo por nossas iniqüidades;  e Ele, por obediência ao Pai e por amor a nós, aceitou pagar as nossas dívidas, para que fóssemos livres.
Isaías auxiliado pela luz divina nos diz:" -O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não serei humilhado".


É como nos diz o Profeta Isaías; Jesus, ficou realmente impassível como pedra, diante de Seus algozes, não abriu a boca, não se defendeu das acusações imputadas a Ele; simplesmente aceitou tudo, porque esta era a vontade dAquele que O enviou. E até se pode imaginar, que comportando-Se desta forma, Ele não tenha sofrido, porque não gritou e nem pediu socorro, como fazemos diante de nossas dores e provações.
Mas, Jesus sofreu muito, e se pode afirmar com toda convicção, que ninguém neste mundo, ou em quantos mundos possa existir ou vá existir, sofreu ou sofrerá como Ele. Só que, se olharmos, para as chagas de Jesus, com os olhos da fé, veremos que delas  só saíram amor e que foi assim, que todo o mal Ele venceu.
Atentemos a algo, que deve servir como bússula, em nossa caminhada de cristãos. Jesus, veio ao mundo com língua adestrada, para saber dizer palavras de conforto aos abatidos, e que, como discípulo  do Pai, a cada manhã, abria Seus ouvidos, para prestar atenção, ao direcionamento que Deus Lhe dava.
Jesus se fez discípulo de Deus Pai e O tinha, como Seu auxiliador, por isso, em nenhum momento perdeu o ânimo e depois da missão cumprida, triunfou e ganhou a glória nos céus e foi exaltado acima de tudo.
Se Jesus sendo Deus também, necessitou do auxílio do Pai, imaginemos nós pobres pecadores!; sem a graça do Filho, sem as forças do Espírito Santo e as bênçãos do Pai, nada poderemos fazer de edificante nesta nossa vida e nem, produziremos nenhum fruto de eternidade.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Sabedoria evangélica revelada pelo Espírito.


O Apóstolo Paulo, em sua primeira Epístola aos Coríntios(2,6-16), nos revela a verdadeira sabedoria, que nos é dada pelo Divino Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade Santa; nosso Deus educador e consolador, prometido pelo Cristo aos Seus seguidores e que, conforme Suas Palavras, estará conosco até a consumação dos tempos. E que também, iluminou e inspirou todos os profetas no Antigo Testamento.
E Paulo, na elouquência de seus discursos, ou seja, suas pregações, nos assegura que esta sabedoria, não é encontrada no mundo e nem nos grandes deste mundo!.
Ele nos diz:"Entretanto, o que pregamos entre os perfeitos é uma sabedoria, porém não a sabedoria deste mundo nem a dos grandes deste mundo, que são, aos olhos daquela, desqualificados. Pregamos a sabedoria de Deus, misteriosa e secreta, que Deus predeterminou antes de existir o tempo, para a nossa glória. Sabedoria que nenhuma autoridade deste mundo conheceu (pois se houvesse conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória). É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou(Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam.
Todavia, Deus no-las revelou pelo Seu Espírito, porque o Espírito penetra tudo, mesmo as profundezas de Deus. Pois quem conhece as coisas que há no homem, senão o espírito do homem que nele reside? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.
Ora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o Espírito que vem de Deus, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou e que pregamos numa linguagem que nos foi ensinada não pela sabedoria humana, mas pelo Espírito, que exprime as coisas espirituais em termos espirituais. Mas o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras. Nem as pode compreender, porque é pelo Espírito que se devem ponderar. O homem espiritual, ao contrário, julga todas as coisas e não é julgado por ninguém. Por que quem conheceu o pensamento do Senhor, se abalançará a instruí-lo(Is 40,13)? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo".
Ter o pensamento de Cristo, como nos assegura o Apóstolo Paulo, é obedecer a Deus em tudo e fazer a vontade dEle. Pois o próprio Jesus, mesmo sendo Deus também, obedeceu ao Pai Eterno e obedeceu até a morte e morte de cruz.
Mas, como também nos fala Paulo, é bem verdade, que o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque o que o Espírito Santo de Deus nos revela e deseja de nós, é a pureza de corpo e de alma e a vida em santidade. E isto para o homem atual, é realmente loucura. Sem se falar, nos magistrados e doutores da lei, que regem os destinos de um povo, sem terem o dicernimento correto, da Palavra de Deus, onde está a verdadeira sabedoria, aquela que deve direcionar os passos de toda a humanidade.
O Apóstolo Paulo, também enfatiza as palavras do profeta Isaías, quando nos diz:"Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam". Então, o que fazemos?... Vamos, entrar na onda do mundo do homem natural, que julga as coisas de Deus loucura e não aceita viver, para obedecê-lO e serví-lO?...Ou, vamos nos abrir à ação maravilhosa do Espírito Santo de Deus, que nos revela a sabedoria divina, nos orienta na caminhada da fé, nos faz amar verdadeiramente a Deus acima de tudo e de todos e nos dá todas as forças necessárias, para vencermos as investidas de satanás e um dia, chegarmos aos céus, para recebermos do Pai Eterno, todos os bens que Ele preparou para nós?...
A escolha é sua irmão. Eu, já escolhi :"Viver para mim é Cristo, e morrer para mim é ganho".



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Jesus caminha sobre as águas.


Se nossos olhos, estiverem sempre vocalizando Jesus, ou seja, se toda a direção do nosso olhar, for para Jesus. Certamente, que o barco de nossa vida, mesmo enfrentando águas revoltas e turbulentas,  tentando naufragá-lo, não conseguirá; pois o Senhor estará no leme de nosso barco e não permitirá, que nenhum mal sobrevenha sobre nós.
É o que nos garante Sua Palavra, que nos é apresentada em Mateus(14,22-36). Jesus, ordena que Seus discípulos, entrem na barca e passem logo para a outra margem, enquanto Ele fica despedindo a multidão e depois, sobe à montanha para orar na solidão.   E já era noite e os discípulos, já estavam a uma boa distância da margem e a barca, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Pela quarta vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar. Quando os discípulos O perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo:"É um fantasma!" - disseram eles -, soltando gritos de terror. Mas Jesus logo lhes disse:"Tranqüilizai-vos, Sou Eu. Não tenhais medo!". Pedro tomou a palavra e falou:"Senhor, se és Tu, manda-me ir sobre as águas até junto de Ti!". Ele disse:"Vem!". Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou:"Senhor, salva-me!". No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse:"Homem de pouca fé, por que duvidaste?". Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou. Então, aqueles que estavam na barca prostraram-se diante dEle e disseram:"Tu és verdadeiramente o Filho de Deus.
Vamos então, colocar este episódio, na vivência do nosso dia-a-dia. Quantas e quantas vezes, o barco de nossa vida, enfrenta a violência dos ventos, e porque não dizer também, grandes tempestades. E nos agitos que sofre nosso pequeno barco, entramos em pânico, nos amaldicoamos, espraguejamos e até mesmo, blasfemamos contra o nosso bom Deus. E mesmo, sem merecermos, queremos e exigimos, ser salvos.
Não chega a ser ilário, certas atitudes que tomamos, nos nossos momentos de dura prova?. Até parece, que Deus, tem que está, de prontidão para muito bem, poder nos servir!. Só, que precissamos, amadurecer na nossa fé e ter, a consciência do grande e real valor que Deus tem. E mais ainda, temos que nos conscientizar de que, Deus é o nosso Criador, somos dEle e devemos, por amor serví-lO com todas as nossas forças.
Quando Jesus, vai ao encontro dos Seus discípulos, caminhando sobre as águas do mar. Pedro, para provar que realmente era o Seu Senhor, que ali estava, pede para ir encontrar com Ele. E ao ser autorizado pelo Mestre que vá; ele também, com "a autoridade de Jesus", consegue caminhar sobre as águas. Mas, é interessante, memorizar esta cena: enquanto Pedro, tinha o olhar da confiança, fixo no Mestre, conseguia caminhar sobre as águas e ía direitinho ao encontro do Senhor; porém, redobrando-se a violência dos ventos, Pedro, desvia o olhar de Jesus e se apavora, com o agito das águas e vai afundando, então, volta novamente seu olhar para o Cristo amigo e grita em desespero:"Senhor, salva-me".
Jesus, imediatamente, estende Sua mão poderosa para Pedro e o salva. Porém, Pedro neste momento, é questionado pelo Mestre, que com certa decepção lhe diz:"Homem de pouca fé, por que duvidaste?".
Pedro, não podia duvidar da autoridade de Jesus, porque Ele disse:"Vem!". E se Ele falou, certamente, que toda segurança ele teria. Mas, Pedro era igual a nós, sua fé ainda era pouca; e quando nossa fé é pequena, qualquer barulho nos inquieta e o medo entra em close.
Só não podemos esquecer, que Pedro, mesmo tendo fraquejado, em muitos momentos na sua fé, a ponto de negar a Jesus, por três vezes, durante Seu martírio e morte de cruz. Agigantou-se depois, de uma fé ardente no ressuscitado e com a unção do Espírito Santo; proclamou a Sua Palavra de vida eterna, aos quatros cantos da terra e se tornou a pedra, onde Jesus edificou a nossa Santa Igreja Católica; onde, através dos sacramentos que ela ministra através de seus ordenados, somos resgatados do pecado, reabastecidos da verdadeira fé e poderemos,  sem medo algum, caminhar rumo ao céu.



domingo, 21 de agosto de 2011

A pecadora perdoada.


No evangelho de São Lucas(7,36-50), nos deparamos com uma história comovente e muito bela. Vemos assim, a narrativa da conversão de Maria Madalena de Magdala, e o seu ardoroso recebimento, de Jesus como seu Senhor e Salvador. Ela que era, uma prostituta bonita e famosa, que andava com a esteira nas costas e por, poucas moedas vendia seu copro a qualquer homem, que pudesse pagar o que pedia. Era discriminada por todos e vivia, como cachorro sem dono e a sociedade então, a vomitava como comida indigesta. No entanto, ouvira falar do Mestre do amor, e como desejava e precissava, conhecê-lO.
Certo dia, um fariseu chamado Simão, que era da mesma cidade de Madalena, convida Jesus para comer em sua casa, e estando todos sentados à mesa. Ela aproveita a oportunidade única de sua vida, e adentra à casa, com um vaso de alabastro cheio de perfume; e, estando aos pés do Senhor, por detrás dEle, começou a chorar. Certamente, que seu choro, demonstrava sua imensa alegria ao estar diante do Senhor da vida, como também, passava naquele momento em sua mente, como num filme, todas as cenas de pecado, cometidas por ela, e o grande arrependimento. Suas lágrimas, eram tantas, que banhavam os pés de Jesus e ela, Os enxugava com os cabelos e Os beijava e Os ungia com o perfume.
O dono da casa, ao presenciar tal cena, que certamente o repugnava, por ver tal pecadora em seu lar, pensou consigo mesmo:"Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que O toca, pois é pecadora". Então, Jesus lhe disse:"Simão, tenho uma coisa a dizer-te". - . "Fala Mestre". - disse Ele -, "Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinqüenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais?. Simão respondeu:"A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou". Jesus replicou-lhe: "Julgastes bem". E voltando-se para a mulher, disse a Simão: "Vês esta mulher?. Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-Me os pés e enxugou-Os com os seus cabelos. Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-Me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-Me os pés.Por isso, te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor.
É interessante, direcionarmos nossa atenção à postura de Maria Madalena. Vejam que, ela fica por detrás de Jesus, e aos Seus pés e de cabeça baixa, não ousava levantar os olhos, nem se por à frente, daquelE que é puro e é Senhor da vida. E na condição de pecadora humilhada, sabia ela que essa deveria ser, a atitude correta, para suplicar o perdão e receber, sua dignidade de vida, que o pecado havia tirado dela. E consegue, pois escuta do Mestre:"Tua fé te salvou, vai em paz".
Somos tão parecidos com o fariseu Simão, em nossos julgamentos. E movidos, pela nossa dureza de coração e pouca fé e a fallta de conhecimento verdadeiro de Jesus Cristo; nem sempre, conseguimos ver com o coração e sim, com a imgem. Esta imagem, que o pecado consegue distorcer, nos impossibilitando, de vislumbrar um novo horizonte. Os pecadores, para nós, em muitas vezes, já estão rotulados, ou seja,  em suas testas, têm um letreiro, onde está notificado; que é pecador e também, bem evidenciado, o pecado que cometeu.
Uma certa vez, outra mulher, parecida com Madalena de Magdala, cometeu um pecado féio e chorando muito, vendo sua vida em pedaços, totalmente arrependida, recorreu também, a Cristo na pessoa de um sacerdote, e o que ouviu  deste representante do Senhor, foi o seguinte:"Minha filha, o que você fez, foi como se, subisse numa torre bem alta da igreja e estivesse, fazendo uma grande ventania, daí, você pegasse um travisseiro de penas e o rasgasse, deixando as penas serem levadas pelo vento e agora, queira recuperá-las, uma por uma, para entender melhor, o que você fez, não pode ser apagado". Imaginem, se a fé desta mulher, não fosse alicerçada na rocha firme e forte, que é o Senhor Jesus, teria recebido com aquelas palavras, sua sentença de morte e condenação eterna. No entanto, ela, em suas orações, pediu a luz Divina, que a encaminhasse a um verdadeiro pastor, que soubesse imitar, o amor e a misericórdia de Jesus, e a perdoasse, assim como o Senhor, procedeu com Madalena. E hoje, a graça de Deus, se faz constante na vida desta mulher, pois encontrou consolo e morada, no sagrado coração de Jesus, que sempre está aberto, para acolher todos os  pobres pecadores.
E será?; que esse sacerdote, que por um momento, não soube ser a misericórdia de Deus, para aquela mulher pecadora arrependida, havia esquecido de que: "A primeira pessoa, a quem Jesus apareceu, depois que ressuscitou  de dentre os mortos, foi a Maria Madalena de Magadala, a ex-prostituta, que se converteu e se santificou".




quarta-feira, 17 de agosto de 2011

As bodas de Caná da Galiléia.


No Evangelho de São João(2, 1-11), nos maravilhamos com o primeiro milagre  de Jesus, realizado pela intercessão de Sua mãe Maria: A água é transformada em vinho para todos.
Maria, Jesus e Seus discípulos, participavam de uma festa de casamento, em Caná da Galiléia, como convidados especiais, visto que, eram amigos dos noivos.
Bem no meio da festa, de tamanha alegria, acontece algo constrangedor: Falta o vinho. E Maria, percebe a desolação e preocupação, no coração dos donos da festa, e o que faz então, a Senhora da providência?. Vai ter com Seu Filho  e Lhe diz:"Eles já não têm vinho". E Jesus lhe responde:"Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou". Disse, então, Sua mãe aos serventes:"Fazei tudo o que Ele vos disser".
Ora, achava-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus. Jesus, então ordena aos serventes:"Enchei as talhas de água". Eles encheram-nas até em cima. "Tirai agora"- disse-lhes Jesus -"e levai ao chefe dos serventes". Eles fizeram tudo, da forma como Jesus, havia ordenado. E o chefe dos serventes, ao provar o vinho, chama o noivo e lhe diz:"É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora".
Esta foi a primeira manifestação da glória de Jesus, e que vale a pena ressaltar, se deu pela poderosa intercessão de Maria, Sua mãe e nossa também.
Porém, muitos por aí, julgam que, a resposta que Jesus  dera a Maria, neste episódio, foi um tanto quanto rude, até mesmo, chamando-A de Mulher, uma expressão não tão calorosa. Mas, aí está, o mistério e a graça, deste momento santificante, que mostra a todos, quão grandiosa e valiosa, é  a intercessão de Maria, ou seja, o que Ela pede, não fica sem resposta, ou melhor, nenhum pedido feito por Ela fica sem ser atendido.
Atentemos ao que Jesus disse para Maria:"Minha hora aínda não chegou". É, mas mesmo, não tendo chegado a Sua hora, como haveria de negar um pedido, a Sua dileta mãe. E assim, Ele nos ensina, qual é o caminho mais fácil, para alcançarmos Suas graças e benefícios, que é recorrendo em primeiro lugar, a Maria. E colocando nas mãos dEla, nossas necessidades e aflições, certamente, receberemos do Filho amado, que é nosso salvador, os milagres e as curas, que precissamos que aconteça em nossas vidas.
E o mais gratificante, é saber que, Maria sempre caminha conosco, ollha com grande preocupação para nossos desacertos, e roga por nós junto a Deus e está sempre a nos repetir, o que disse  aos serventes, nas bodas de Caná da Galiléia:"Fazei tudo o que Ele vos disser". Pois, Ela melhor do que ninguém, tem a certeza, de que só alcançaremos a plenitude de vida e chegaremos aos céus, se obedecermos ao Senhor Jesus.




terça-feira, 16 de agosto de 2011

A Hemorraíssa.


O evangelista São Marcos, nos faz a narrativa  belíssima  da cura da hemorraíssa(5,25-34).
Caminhava Jesus, no meio de uma multidão, e se pode imaginar como Ele era apertado, por todos os lados e quase que sufocado. E no meio de todo esse povo, havia uma mulher, que padecia já por doze anos de um fluxo de sangue. Já tinha sofrido muito nas mãos dos médicos, gastando tudo o que possuía e a cada dia que passava, piorava mais e mais.
Então ouviu falar do Mestre Jesus, de Suas curas e de  Seu amor misericordioso. Mas, diante de sua enfermidade, não se sentia dígna de ir ter com Ele, visto que, era marginalizada diante da sociedade, como eram todos os doentes, porque ser doente, significava está sendo castigada por Deus. Porém, sua fé venceu as barreiras do preconceito, ela encheu-se de coragem e pensou consigo mesma:" Me misturarei no meio da multidão e ninguém vai me notar, então tocarei na orla do manto dEle e ficarei curada". E a graça se deu, o milagre aconteceu, no mesmo instante em que tocou o manto do Senhor, lhe estancou a fonte de sangue e ela ficou curada.
Jesus, então, percebe imediatamente que saíra dEle uma força e, voltando-Se para o povo, pergunta:"Quem tocou minhas vestes?". Responderam-Lhe os seus discípulos:"Vês que a multidão Te comprime e perguntas:Quem me tocou?". E Jesus olhava em derredor para ver quem o fizera. Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, véio lançar-se a Seus pés e contou-Lhe toda a verdade. E certamente, mesmo temendo o repúdio daquela gente, era bem maior a alegria, de estar frente-a-frente, com o Senhor da vida, aquele amado Senhor, O qual, não foi necessário ela Lhe dizer, o que sentia e o que queria que Ele Lhe fizesse, simplesmente, acreditou com a mais pura fé, que somente Ele poderia curá-la.
E depois de curada, ainda consegue ouvir a mais bela e harmoniosa melodia, a voz do Senhor Jesus, que lhe diz:"Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal".
Este episódio, da mulher do fluxo de sangue, a demonstração de sua fé em Jesus, deve ser para nós uma grande lição de vida. Quantas vezes, nas enfermidades que se chegam a nós ou a nossos entes queridos, saímos a procura de cura e salvação, em lugares e em pessoas, onde certamente, Jesus não se faz presente, e é a Ele, somente a Ele, a quem devemos recorrer. 
E são em momentos, como estes, que nos conscientizamos, de que nossa fé é quase nada, pois não conhecemos o Senhor Jesus como deveríamos conhecer, e se falam dEle, não queremos saber, porque Ele é ultrapassado, para o nosso tempo do avanço da ciência e da tecnologia, esse avanço, que são os homens que realizam com seus estudos e pesquisas aceleradas; e mesmo assim, esse Jesus exige uma postura, que não cai bem na nossa gente de cabeça feita, gente que sabe muito bem o que quer...
Vejamos, a hemorraíssa, foi além, bem além da mentalidade estúpida, daquela gente preconceituosa e desprovida de misericórdia, que marginalizavam a todos, que eram acometidos por qualquer espécie de enfermidade. E foi atrás de Jesus, do único Senhor que poderia curá-la, porque é Deus e porque nos ama, e a todos acolhe sem nenhum tipo, de discriminação.



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Filho pródigo.



A parábola do filho pródigo (Lucas 15,11-32), demonstra para nós, como é o amor misericordioso de Deus. O amor cuidadoso, que sabe desculpar os passos mal dados do filho, e o recebe de volta realizando uma grande festa, despertando no outro que sempre lhe havia sido fiel e não o abandonara, a revolta e a inveja, frutos do inimigo.
Jesus, sempre usa de parábolas para ensinar, seus discípulos e todo o povo. Ele fala que havia um homem, que tinha dois filhos, e que o mais moço, pede ao pai o que lhe cabe na herança, e ao se apossar de sua fortuna vai para um país distante. Lá, vai viver dissolutamente, esbanjando seus bens com prostitutas e bebedeiras e logo o dinheiro acaba, porque sobreveio àquela região uma grande fome e esse moço vem a passar por uma grande penúria.
Sem dinheiro e com muita fome, se presta a cuidar dos porcos, de um dos habitantes daquele lugar, e desejava comer  das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhes dava.
Depois de sofrer tanta humilhação e passar fome, caiu em si e se pós a refletir: Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância...e eu, aqui, estou a morrer de fome! Vou me levantar e irei a meu pai, e lhe direi: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou dígno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados. Levantou-se e foi ter com o pai.
Aquele pai, certamente que todos os dias, olhava para o caminho, desejoso de ver um sinal do filho que havia se perdido; era feliz com o mais velho que lhe era obediente, que cuidava do rebanho e administrava tudo corretamente, mas no fundo do seu coração, sabia que o outro, não poderia estar bem longe deles.
E num certo dia, aquele pai, que sempre se frustrava, com o olhar perdido no caminho, de longe avista o filho e movido de compaixão corre ao seu encontro, e o abraça e o beija. O filho lhe diz então: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou dígno de ser chamado teu filho.
O pai então, cheio de grande alegria, ordena aos empregados que tragam uma túnica bonita, que lhe ponham anéis no dedo, que matem um novilho gordo e façam uma festa, para celebrar: Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado.
Tudo o que Jesus nos ensina, é a mais pura e cristalina verdade. Deus procede, com cada um de seus filhos, que se desviam do caminho certo, desta mesma forma, que nos conta a parábola do filho pródigo.
Deus, não quer saber por onde andamos, nem o que fizemos, só deseja nos ter de volta e nos amar muito. Mas é claro e evidente, que essa volta aos braços do Pai, só pode acontecer, quando imitamos o exemplo daquele "filho que caíu em sí", e "esse caír em sí" tem que ser primordial para nós.
Afinal de contas, procedemos todos, semelhante ao filho, que de posse de seus bens, sai esbanjando por aí seus dons, julgando que pode ser feliz longe do Pai. Ninguém, pode viver por si mesmo, e longe de Deus, só iremos encontrar muita penúria.
A parábola do filho pródigo, narrada por Jesus, nos revela a postura de Deus para conosco: Ele nos deixa livres, não interfere em nossas escolhas, mesmo sabendo que serão desastrosas; mas, como Pai amaroso e cuidadoso, fica nos olhando e nos esperando, pois Ele sabe, que só encontraremos repouso em Seus braços. E ela nos mostra também, a grande festa, que se faz no céu, quando um pecador se converte.









sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Excelência da caridade.

 O Apóstolo  Paulo, em sua primeira Epístola aos Coríntios, nos fala sobre a excelência da caridade, que é o amor, esse amor supremo que Cristo Jesus, véio testemunhar com Sua vida aqui na terra.
Paulo nos diz:"Aspirai aos dons superiores. E agora, ainda vou indicar-vos o caminho mais excelente de todos. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará. A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita. Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança. Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido. Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade"(1Cor. 13,1-13).
Paulo de Tarso, o grande amigo de Deus, na elouquência de seu discurso, cheio do Espírito Santo, nos indica o caminho mais excelente, para agradarmos o coração de Deus, e para vivermos nesta terra, uma vida de plenitude, ou seja, saborearmos os céus, já aqui neste mundo terreno. Que é o amor, o maior de todos os dons; pois se Deus tem um nome, chama-Se AMOR.
Mas convenhamos, essa caridade que Paulo nos expõe, nos leva a um esvaziamento total de nós mesmos, para que Deus seja tudo em nós, não deixando nehuma brecha, para que o inimigo  possa nos desviar do caminho. E será, que nosso interior está preparado, para ser preenchido somente por Deus? Sim, porque Deus nos quer somente para Ele, e é um Deus ciumento, não adimite parcerias, quer e deve ser absoluto.
E quem se permite, ser possuído somente por Deus, vai saber amar sempre, a tudo e a todos; e esse amor jamais acabará.
O Apóstolo nos assegura, que as profecias desaparecerão, que o dom das línguas cessará e o dom da ciência findará, mas a caridade nunca terá fim. Pois quem ama, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera e tudo suporta, porque sabe e tem a certeza, de que Deus está do seu lado.


Foi por amor, que Jesus Cristo, O Deus Emmanuel, o Messias esperado, Se deixou pregar numa cruz e morrer, para nos garantir a salvação. E Ele testemunhou, a caridade pregada pelo Apóstolo Paulo, porque, tomou sobre si as nossas dores e suportou, Seu cruel martírio, como ato supremo de amor. E se olharsemos com os olhos da fé, para as chagas do senhor, iríamos ver, que delas só saíram amor e por isso, Ele venceu o mundo e derrotou a morte.
Paulo no diz, que o amor não é orgulhoso, não é invejoso, não é arrogante, não é escandaloso, não guarda rancor e nem procura seus próprios interesses. E Jesus foi e é a prova mais perfeita deste amor. Ele foi manso e humilde de coração. E se queremos, ser discípulos deste Cristo, trabalhar na Sua messe, devemos imitar Seu exemplo, e nos conscientizar de que, devemos em tudo que formos realizar, procurar somente os interesses do dono da obra.




 


Em nome de Deus?...


As vezes, fico a meditar até aonde vai, o desembesto dos homens, pelos quais, Deus por amor, mandou Seu Filho Jesus Cristo, feito homem ao mundo, para sofrer e morrer morte de cruz, e assim redimir toda a humanidade.
Vejam, esta imagem aterroriza o coração de qualquer um. É o atentado de 11 de setembro de 2001, ao World Trade Center, que fica em Lower Manhatan, Nova Iorque; as torres gêmeas foram atingidas por dois boeings 767 da United Airlines, que certamente havia decolado de sua procedência de vôo e voaria rumo ao destino já estabelecido, e nem os tripulantes e nem os passageiros podiam imaginar, que seriam sacrificados de forma cruel e sem chance alguma de defesa; rumariam de encontro com a morte violenta, juntamente com milhares de outros irmãos, que estavam em seus trabalhos, alguns quem sabe,iniciando suas carreiras.
E todos morreram, porque um louco(s), desprovido de qualquer tipo de sentimento humano, resolve mediante sua crença ou seus ideais de vida, que Deus quer essa matança brutal de seus filhos; e chega a julgar, que depois de cometer tal atrocidade, verá a Deus. Mas que Deus, este infeliz pensa que vai ver?...


Será que não dói, ver a desolação deste povo, que perde seus entes queridos?; que andam pelas ruas, sem saber para onde vão, se sente como animal acuado e perseguido, todo lugar para eles, naquele instante, representava ameaça e perigo.
Será que, as mentes daqueles que arquitetaram e tramaram, tal atrocidade, experimentam algum tipo de satisfação agora?. Quem foi abatido como gado no matadouro, não foram seus inimigos, mas sim, um povo inocente, vítimas de suas mentes diabólicas.

Nem mesmo os policiais, que sabemos são treinados para ver e agir, diante de cenas de violência, ficam pedrificados diante de brutal atentado. Ficam sem querer acreditar, que toda aquela cena de horror e terror, estava de fato acontecendo. E o mundo inteiro é envolvido por esse acontecimento, pois todos desejam de alguma forma ajudar, e quem está muito distante, recorre às orações, colocando nas mãos  do Deus da vida, que é o verdadeiro Deus, as almas dos inocentes e clamando também, pela misericórdia para aqueles, que cometeram tal atrocidade; pois se assim procederam, é porque realmente, não conhecem o Deus que é Pai e que nos ama e usam, Seu Santo nome em vão.


Outros homens, no apogeu de sua loucura, se vestem de bombas e se detonam em meio aos inocentes. E ainda dizem, que fazem isso em nome de Deus. Vidas são perdidas, ideais deixados para trás, porque alguns, entendem que devem ser instrumentos de morte, julgam que podem decidir, quem e quantos irão morrer, não importa, se velhos, jovens ou crianças, todos têm de serem sacrificados. Mas para quê?...


A vida é dom de Deus, e somente Ele pode dar e tirar. Como ousam os homens, querer tomar o lugar de Deus. Exterminar seus filhos, interrompendo seu ciclo natural de vida e impedindo, que cumpram a missão destinada a cada um, pelo mesmo Deus da vida. Que nos criou para a felicidade e tudo fez, para o nosso bem.


É missão de cada batizado, que recebe o Espírito Santo de Deus, fazer com que o mundo O conheça, do jeito que Ele é, um Deus de amor, que é Pai e quer a vida em plenitude de todos os Seus filhos. E a nova  e eterna aliança, feita com seu povo, com o sangue derramado de Seu filho Jesus Cristo, o Cordeiro imolado sem culpa alguma, aboliu de vez, todo  tipo de holocausto ou sacrifícios.
Então, homens do meu tempo, o tempo do avanço estupendo da ciência e da tecnologia. Aprendam de uma vez por todas: DEUS é o mesmo, ontem, hoje e sempre e Suas Palavras jamais passarão e nem deixarão de ser cumpridas, e nem um traço ou uma vírgula, será tirada dela sem que se cumpra. Não adianta se esconder nas alturas, em buracos debaixo da terra, Ele vê e sabe tudo o quanto fazemos: e Se alegra, quando comugamos com Ele o nosso dia-a-dia, obedecendo Seus Mandamentos de amor; e fica imensamente entristecido, quando queremos nos esconder dEle, para fazer nossas más ações, ou atribuímos a Ele, a culpa de nossos desacertos e nossos bárbaros crimes.
E  você, terrorista sanguinário ou homem bomba, procure conhecer verdadeiramente a Deus, e verá que Ele te quer como luzeiro do mundo e não como homicida. E mais, terás a consciência, de que não te é permitido, colocá-Lo á frente de tua insanidade mental.



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Moisés, o Servo de Deus.


No Antigo Testamento o Livro do Êxodo(3,1-15), no revela  a  escolha de Deus, o Todo Poderoso, por aquele a quem enviaria, como Seu representante, para tirar do cativeiro dos Egípicios, o povo de Israel, de quem o Senhor havia escutado seus clamores e seus gemidos e compadeceu-Se de seus sofrimentos.
E da Sarça ardente, chama Moisés, que apascentava o rebanho de seu sogro Jetro, na montanha do Horeb e diz:"Moisés, Moisés!". "Eis-me aqui!"- respondeu ele. E Deus:"Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa. Eu Sou - ajuntou Ele - o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó". Moisés escondeu o rosto, e não ousava olhar para Deus".
Moisés era um hebreu, que fora adotado pela filha do faraó, criado como príncipe e no entanto, havia se revoltado com o duro trabalho, ao qual, seu povo era obrigado a realizar e foge para Madiã, longe da perseguição do faraó que queria matá-lo. E então, recebe a missão destinada por Deus, que fala com ele através da sarça ardente, de tirar do cativeiro esse povo sofrido.
Imaginemos por um breve instante, como ficou sobressaltado o coração de Moisés: no primeiro momento depara-se com o espetáculo extraordinário da sarça ardente que não se consumia: e depois, ouve a voz de Deus, que lhe dá uma incumbência de tirar do cativeiro todo um povo, que vivia certamente sob a guarda de inúmeros soldados. E é evidente que ele entrou em pânico, porque já havia fugido daquele lugar, com recéios de ser morto, e agora haveria de voltar e enfrentar as tropas armadas do grande faraó.
Então Deus, que tudo sabe e conhece o interior de cada coração, vê as dificuldades arquitetadas na mente de Moisés e diz a ele: "O que tens na mão?" "Uma vara." "Joga-a por terra." E através desta vara, todos iriam conhecer os prodígios, que Deus iria realizar para aquele povo e diante dos poderosos daquela terra.

Moisés, obedece as ordens de Deus, confiante em Suas Palavras, que o assegura que estará com ele, e volta então para o Egito, e na montanha santa encontra seu irmão Aarão, que daquele momento em diante, caminharia com ele, para falar as coisas que Deus lhe revelaria. E vai ter contato com o faraó e diz tudo o que Deus havia lhe instruído, porém o coração do faraó estava endurecido.
O faraó se vê então diante dos prodígios de Deus, que são realizados através da vara de Moisés; que se transforma em serpente; que fere as águas  do rio Nilo, transformando-as em sangue; que faz aparecer, as rãs, os mosquitos, as moscas, a mortandade do gado, as úlceras no povo, a saraiva, os gafanhotos, as trevas e o extermínio dos primogênitos. Só então, o faraó permite a partida dos Isrelitas do Egito, e depois que eles partem, ordena ao seu exército que os persigam e os matem.
Só que o Senhor Deus, ía adiante dos Israelitas: de dia numa coluna de nuvens para guiá-los pelo caminho; e de noite numa coluna de fogo para alumiá-los. Chegam então, diante do mar vermelho e ficam apavorados, vendo que os egípicios vinham ao seu encalço. Daí Moisés, fere o mar com a vara do Senhor e o parte ao meio, formando duas paredes de água e os Israelitas passaram a pé enchuto, enquanto o exército do faraó foi engolido pelas águas do mar.
Créio plenamente, que este prodígio que Deus realizou, diante do povo de Israel, abrindo o mar para que eles passassem a pé enchuto e conquistassem definitavamente sua liberdade, era o bastante, para que eles nunca fossem infiéis a Deus e nem, nunca mais duvidassem do poder de Deus e do amor, que Ele tinha por eles.
E esse feito de Deus, serve também para cada um de nós, que sempre estamos procurando provas da existência dEle, e que nos deixamos enganar pelas dúvidas dos incrédulos, que sempre estão a questionar, as Palavras das Escrituras Sagradas, argumentando que, quem as escreveu foram os homens e não Deus. Só que esquecem que, foram os homens sim que escreveram, mas iluminados por Deus.
E Moisés, conduziu este povo, durante quarenta anos pelo deserto, onde mais prodígios foram realizados por Deus em favor deles. Mas, tinham uma mente dura, e esqueciam, facilmente os favores de Deus, bastava aparecer qualquer necessidade, lá estavam eles a murmúrar e a se lastimarem. Pois, tendo Moisés subido à montanha santa, para pegar as tábuas da Lei, ou seja, os mandamentos de Deus, e se demorando por lá, esse povo obriga Aarão, a fabricar um bezerro de ouro e se prostam para adorá-lo, como se fosse um Deus.
É revoltante, a postura deste povo, que se viu tão beneficiado por Deus, e na primeira oportunidade, O trocam por um objeto inanimado, que não tem vida e nem poder algum.
Como somos parecidos com os Israelitas, na caminhada da nossa vida terrena. Deus é tão bom conosco, fez um mundo tão lindo e colocou nele, tudo que precissamos, para satisfazer nossa natureza humana e sempre está do nosso lado, porque é Pai e nos ama tanto, que mandou Seu Filho amado, para saldar nossas dívidas. E o que fazemos com Ele?, O trocamos, por dinheiro, por poder, por prazer, por drogas...
Deus, escolheu Moisés, para tirar seu povo do cativeiro e os conduzir, para uma terra onde manava leite e mel, a terra que havia prometido dar a Abraão, a Isaac e a Jacó. E Moisés fez tudo o que Deus ordenava, mas sempre intercedendo por seu povo, que tinha uma mente dura.
Deus, hoje, também nos chama pelo nome, não de uma sarça ardente, como fez com Moisés. Mas, nas prissões, nos hospitais, nos asilos, nos abandonados pelas ruas, nas crianças órfãs, nos deficientes, nos drogados, nos marginalizados, nas prostitutas... e nos diz:"Seja sal e luz, na vida deste meu povo e os traga de volta para mim, e créia, Eu estarei contigo e diga para eles, que foi o Eu Sou, que mandou buscá-los".



terça-feira, 9 de agosto de 2011

A vinda do Espírito Santo.



Atos dos Apóstolos(2,1-4) "Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de língua de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem".
Esta unção santa, se deu com os discípulos de Jesus lá no cenáculo, ou seja, uma casa onde eles se trancaviáram, após o martírio atroz e cruxificção do Seu Senhor. E é evidente, que se escondiam do populacho e dos soldados romanos, receiosos de também receberem castigo semelhante, nos mostrando assim, como é frágil e covarde nossa natureza humana, e mais ainda, que nada podemos ou faremos, sem o auxílio da graça de Deus, que nos vem através do sopro impetuoso do Espírito Santo que sopra onde quer.
Somente depois que seus corações foram abrasados, pelo fogo do Espírito Santo, dando-lhes a clareza da fé e o dicernimento da Palavra do Mestre Jesus, os discípulos então, iniciaram sua missão de anunciar aos confins da terra a boa nova, que se observada e cumprida nos garante os céus aqui mesmo nesta terra.
É interessante nos fixar num detalhe curioso: "A primeira atitude dos discípulos, ao receberem o Espírito Santo prometido por Cristo, foi abrir portas e janelas e sair falando em línguas que não conheciam". E o medo, onde estava?, fora embora juntamente com todas as dúvidas e receios, agora eram homens de fé e entendiam perfeitamente tudo que Jesus havia feito.
Diante da alegria deles que contagiava a muitos, outros porém, julgavam que estavam embriagados de vinho doce e não estavam errados em seus julgamentos, porque é doce e inebriante, sentir a presença do Espírito Santo de Deus em nós, nos agigantamos por dentro e nos transportamos para os céus; é momento de graça, e essa graça santificante, não cabe em nós,se faz necessário contagiar a todos que estão ao nosso lado: Ela nos impulsiona e de uma certa forma,somos forçados por amor a falar de Deus e revelar Suas inspirações.
Pedro fica de pé e com voz forte, convicto de sua fé e do seu seguimento ao Mestre Jesus, relembra ao povo as palavras do profeta Joel:"Acontecerá nos últimos dias - é Deus quem fala -, que derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão. Sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei naqueles dias do meu Espírito e profetizarão. Farei aparecer prodígios em cima, no céu, e milagres embaixo, na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. E, então, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo(Jl 3,1-5)". E assegura, que o profeta Joel, falava do Cristo, a quem tinham cruxificado, mas que Deus o havia ressuscitado dos mortos, porque a morte não podia detÊ-lo.
Certamente,que naquele momento,Filipe lembrou-se também, do que Jesus lhe havia dito, quando o questionou a respeito de como se lembrariam de tudo o quanto Ele havia ensinado e o Senhor disse:"No momento certo, enviarei o auxílio do alto, o Paráclito que vos revelará toda a verdade".
O Espírito Santo é o nosso Deus consolador, educador que nos capacita para as boas obras, doador dos sete dons e sem Ele, nada poderemos fazer de bom nesta vida e nem, conseguiremos seguir os passos do nosso Mestre e Senhor Jesus.
Tenho plena certeza de que, o mal do nosso tempo, ou seja,a perdição dos homens, é se julgarem senhores de si mesmos e atribuírem seu feitos às suas próprias capacidades, alimentando cada vez mais o seu maior inimigo, que é seu EGO. E porque digo maior inimigo?, é porque nosso ego, nos distancia de Deus e não nos deixa ser dependentes do Senhor da nossa vida, visto que, nossa natureza é oriunda do pecado, que é a desobediência a Deus, cometida pelos nossos primeiros pais. Então, para que continuar errando?, temos que nos conscientizar de que, o mérito e a glória, de nossas boas obras, é de Deus que nos auxilia com Sua graça, através do Espírito Santo, que estará conosco até a consumação dos tempos.
E vejam, Jesus nos diz através do evangelista Mateus(12,31-32):"Por isso, eu vos digo: todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada. Todo o que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste século nem no século vindouro".E em João, nos conscientiza a respeito do que fará, o Espírito Santo em nós:"Ele convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo. Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim. Ele o convencerá a respeito da justiça, porque Eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis; Ele o convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, Ele vos ensinará toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e vos anunciará as coisas que virão".
E a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos, no dia de pentecostes, vos revelou toda a verdade que sai da boca de Deus e eles então compreenderam, o chamado de Jesus a cada um deles. E é interessante frizar, que eles todos andaram com Jesus, conviveram com Ele, presenciaram os Seus milagres, viram Sua transfiguração e Sua ascensão aos céus, e no entanto, não eram capazes por si mesmos, de dar continuidade à missão salvífica de Cristo. Eles necessitavam do auxílio do alto, prometido pelo Messias, que os capacitariam para a obra do Reino de Deus. E se com os discípulos de Jesus, que o viram e o tocaram e comeram com Ele, foi assim, imaginemos conosco, que temos que crer sem nunca ter visto, aí sim, é que precissamos ser amparados pela força do Espírito Santo,para que possamos professar a nossa fé e perseverarmos no caminho do Senhor, sem malucar a terceira pessoa da Trindade Santa, que quando solicitado, vem a nós como uma brisa leve e suave, a murmurar em nossos ouvidos, a sabedoria que impulsionará o nosso discipulado.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

As Bem-aventuranças

Em Mateus(5,1-12)), Jesus vendo as multidões, sobe à montanha e ensina ao povo dizendo:
"Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus!"Na pedagogia do Mestre Jesus, ter um coração de pobre não significa dizer ser pobre de bens materiais, mas sim aquela pobreza que não evidencia o material, fazendo dele sua meta de vida. Ele também quer nos mostrar que, muitos pobres materialmente, são ricos em abundância de arrogância, prepotência, orgulho, avareza e todos os sentimentos mesquinhos que são contrários ao amor que Ele veio nos revelar e nos provar com sua morte de cruz.
"Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!"Quantas vezes choramos diante das injustiças que sofremos, das incompreenções, das injúrias e calúnias, das faltas de oportunidades e até mesmo, quando nos é negado a misericórdia por parte dos representantes de Deus. E Jesus nos assegura que seremos consolados, porque Ele vê e sabe tudo e quem nos consola é Ele próprio, que ao permitir que seu lado fosse aberto pela lança do soldado romano, abriu-se para nós pobres pecadores, as comportas da misericórdia divina, que não é medida e nem analisada, pelo peso e nem pelo olhar humano. E Jesus é mais enfático ainda, ao nos assegurar que essa consolação é mais gratificante e prazeirosa, quando sofremos tudo isso, por causa de Seu nome e em favor do nosso próximo.
"Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!". Jesus, em sua missão salvífica nesta terra, foi manso e humilde de coração, não usurpou de Sua condiçao divina, mesmo sendo Deus, humilhou-Se até a morte e morte de cruz, por amor a nós e em obediência ao Pai Eterno. E disse aos seus discípulos, como meta de todo discipulado:"CORAGEM, EU VENCI O MUNDO!". E vejam, Ele não venceu o mundo com armas de fogo, com mísseis, com bomba atômica, com câmeras de gás, ou com qualquer outro tipo de violência criada pela mente diabólica dos homens. Mas sim, com a elouquência de Seu infinito AMOR, que traz consigo uma mansidão, que nos permite dicernir os caminhos mais seguros, para nos garantir vislumbrar um mundo de paz e igualdade. Judas, não conseguiu entender a missão de Jesus e o propósito do amor, que Ele veio nos trazer, porque a liberdade que ele imaginava conseguir para seu povo, seria conquistada pelo Mestre, mas da mesma forma que ele presenciou Jesus chamando Lázaro de dentro do túmulo e curando tantas enfermidades, ou seja, Jesus ordenaria e toda a corte celestial macharia para defendÊ-lo e derrotar os soldados romanos. A mente e o coração do pobre Judas, infelizmente, estava voltado para a violência, como também está, muitos homens do nosso tempo.
"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!". É evidente que olhando o nosso mundo e a forma desastrosa como ele é governado, não se pode vislumbrar que a fome e a sede de justiça, possa ser saciada, visto que, a justiça dos homens só é aplicada para os pequenos, digamos assim, para os furtadores de galinhas. E Jesus sabia muito bem, como se portariam no futuro os homens pelos quais, Ele dera a Sua vida naquele madeiro, por isso então, nos assegura a verdadeira justiça que a de Deus, da qual nenhum mortal pode escapar sem prestar os devidos acertos. Jesus deseja que confiemos plenamente no Pai Eterno, que façamos nossas ações nesta vida, pleiteando unicamente ser aprovados e justificados, diante do tribunal celestial, onde Deus é o Supremo Juiz, que julga não de forma implacável, mas com misericórdia, porque é o Pai e o Criador de todos nós.
"Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!". Jesus é o Mestre do amor, do amor que tudo perdoa, do amor que se chama misericórdia. Sabia Ele o que deveria padecer, pela salvação dos homens por Ele amados; e como doeria em sua alma, a ingratidão destes homens, aos quais, Ele resgatou da lama do pecado com Seu sangue derramado, e os curou graças às Suas chagas. E para que se consumasse seu sacrífício em favor da humanidade decaída, lá na cruz dilacerado de tamanha dor, diz ao Pai:"Pai, perdoa porque eles não sabem o que fazem", nos mostrando e nos ensinando, como o maior de todos os pedagogos, como devemos nos portar diante das atrocidades acometidas a nós:"PERDOAR". E Ele, também nos mostra como é necessário e primordial, o perdão e como ele deve ser infinito, já que não temos a mínima condição de freiar nossas inúmeras faltas, que são constantes e frequentes, por atos e palavras e omissões. E isso Ele deixa bem claro, quando é abordado pelo discípulo Pedro, que O questiona sobre quantas vezes deve perdoar o irmão que pecar contra ele, se é até sete vezes, e Ele diz que não somente sete vezes, mas setenta vezes sete, só que esta expressão não deixava evidente a conta exata e sim, a infinidade de vezes que se deve perdoar. Pois perdoar é um ato de misericórdia, e se queremos e precissamos da misericórdia de Deus, temos que ser misericordiosos com nossos irmãos.
"Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus!". Ser puro de coração, não é ser abobalhado e nem se permitir, que os outros tripudiem sobre nós. Mas sim, a postura correta daquele discipulo que segue com fidelidade os passos do Mestre Jesus, que esvaziou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de escravo para salvar os homens por Ele amados. E esse esvaziamento, que Jesus nos mostrou é o desprendimento de nós mesmos, em favor do próximo, da forma pura, onde não é permitido nenhuma vaga idéia de retribuição, mas sim o desejo de ser alento de vida plena, naquele que está do nosso lado. E nesses  atos de amor doação, quer seja aos homens, quer seja à natureza e a todas as criaturas que Deus criou, se pode ver e sentir a presença do Criador, que é o Deus Todo Poderoso.
"Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!". Jesus  nos fala que, não veio a esse mundo, para abolir nem a Lei e nem os profetas, mas sim para levá-los à perfeição. E isso nos mostrou de forma pacífica, porque arrebanhou suas ovelhas  perdidas, sem denunciar sua faltas e nem levá-las a nenhum tipo de constrangimento; simplesmente as acolheu com amor e devolveu-lhes a vida nova, que o pecado havia danificado. E  procedendo desta forma, nos deixa claro como deve ser, a postura de todo cristão que anseia ser chamado filho de Deus; que é a postura do acolhimento, da compreensão, do ser sal e luz na vida do outro para reconduzí-lo de volta aos braços do Pai.
"Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!". Ninguém neste mundo, desejou mais a justiça do que o próprio Jesus, e no entanto, da forma mais injusta e cruel, foi arrebatado dos Seus. Mas Ele, mesmo sendo castigado e humilhado e morto num madeiro infame, que era o castigo que pesava para os criminosos, nos garantiu o Reino dos Céus com a Sua ressurreição. Este Reino Celestial, que é para todos aqueles que imitam Seus passos e que, não se curvam diante dos poderosos deste mundo.
"Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exutai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós".
Jesus fala de forma elouquente, ao completar as bem-aventuranças, de certa maneira, a nos seduzir para sermos unicamente dEle. E mais, a invadir nossa alma com um êxtase da mais pura alegria, ao enfrentar todas as mazelas humanas por causa de Seu Santo nome. E é isso mesmo Meu Senhor Jesus, por Ti e somente por Ti, passamos por tudo nesta vida e não importa, as calúnias, os falsos testemunhos, as perseguições, contanto que tudo seja  por Ti Senhor. É como nos diz o apóstolo Paulo(Ro 8,35-39):"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: Por amor de Ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro(Sl 43,23). Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunhou em Cristo Jesus, nosso Senhor". E o apóstolo Paulo, depois de sofrer tudo pelo Senhor Jesus, exclamou:"Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé".
Dai-me Senhor Jesus, a graça de perseverá na minha fé, de ser fiel aos ensinamentos da Santa Igreja Católica, de ser assídua na mesa Eucarística  e propagar o Seu amor e Sua Santa Palavra a todos que eu encontrar em minha caminhada. E que nada e nem ninguém, me desvi do meu credo. Amém.